Os cemitérios de Macaé estão prestes a ganhar um novo significado com o documentário “O Sepulcro da República”, que busca transformá-los em “lugares de memória”, reconhecendo-os como fontes essenciais do patrimônio histórico e cultural da cidade. O filme contará com versões audiodescritas e legendadas. Também será exibido em escolas e disponibilizado gratuitamente no Youtube.

Com produção executiva do Rodolfo Ribeiro e direção artística do Marcelo Fonseca, este projeto se destaca ao explorar a morte como tema central de estudo histórico, aproveitando fontes ainda pouco exploradas sobre a região. “A população poderá ter o acesso a essa rica história, que incentivará debates sobre patrimônio e memória”, ressalta Marcelo.

A ilustre Professora Conceição Franco, especialista em história da morte, colabora com sua vasta experiência na construção narrativa do documentário, ajudando a contextualizar os fatos históricos. “O principal objetivo do projeto é preservar a memória coletiva e evidenciar a importância desses espaços na construção da identidade local”, explica o diretor.

A pesquisa conduzida para o documentário foca na história de figuras significativas da cidade, especialmente no período entre 1855 e 1910. Entre os casos abordados, destaca-se a morte e sepultamento de Manoel da Motta Coqueiro, ocorrido em 1855, e a identificação de sepulturas de Argeo Victor Hugo Brazil e Honório Souza, em 1910. “Estes personagens desempenharam um papel fundamental no processo de instauração da República em Macaé”, destaca.

E assim, “O Sepulcro da República”, revisita lápides históricas, reconstituindo a memória e o legado de Macaé.