Diante do passado e do futuro, do antigo e do novo, o resultado das urnas provoca uma inflexão direta no cenário político da cidade, ao destacar o surgimento de lideranças que fazem frente ao principal nome de representatividade de Macaé, com destaque também dentre os demais gestores públicos da região denominada “Emirado do Petróleo Fluminense”.
Ao longo dos últimos 10 anos, o médico que virou prefeito conseguiu alcançar um patamar invejável no cenário político regional, ao conduzir mandatos eletivos, mas sem perder a importante imagem do cuidador, do profissional cuja competência segue intacta, isso sem sombra de qualquer dúvida.
Da ascensão dos rincões da insatisfação da classe trabalhadora da cidade, que se incomodava com a distribuição de renda propagada, através dos abundantes cargos comissionados que dominavam os cofres públicos do governo na gestão da era-Mussi, os passos largos dados por Dr. Aluízio desde 2008, obtendo sucesso em todas as empreitadas eleitorais seguintes, reflete o momento exato de se aproveitar um hiato político que, por poucas vezes, ocorre na história da nação.
E esse mesmo “cavalo selado”, acaba de passar diante do Delegado da Polícia Federal Felício Laterça (PSL), que possui nas mãos a oportunidade de fazer história, diante dos laços consagrados com os futuros governos do Estado do Rio de Janeiro e de Brasília.
Ao surgir de dentro da base política de apoio ao governo, mesmo não sendo o indicado pelo prefeito, Felício disputa hoje com Aluízio a significância do momento político que, por uma questão cronológica, coloca no mesmo patamar um mandato com alta popularidade em curso, e o início de construção de uma história política na nova onda da mudança.
Com a legitimidade do povo macaense, em dois mandatos, Aluízio ainda possui nas mãos o poder da caneta, de conduzir um orçamento de R$ 2,5 bilhões, suficientemente capaz de provocar todas as transformações estimadas pela sociedade, prometidas em seis anos e não consolidadas.
E, por conta disso, não há a mínima chance de se negar a importância de um gestor eleito dentro de casa, mesmo que por onda de renovação e de esperança.
Legitimado pela urna, e pela onda bolsonariana, Felício ainda tem muita sola de sapato para gastar, e construir relações que o tornem uma verdadeira “prata da casa”.
Guardada as devidas proporções, não há como subestimar, ou superestimar, nem um, nem outro. O jeito é respeitar, o que vier e o que custar.