Nesta segunda-feira (25) comemora-se o Dia da Indústria

Em tempo de pandemia, o Dia da Indústria passa sem nenhuma comemoração, mas a sua representação é marco em Macaé

 

Nesta segunda-feira (25) comemora-se o Dia da Indústria. A data reforça a atuação do setor empresarial no desenvolvimento sustentável dos municípios da região, por meio do compromisso de reduzir os efeitos nocivos à economia, e em defesa pela justiça social. Em meio ao atual momento de combate a pandemia, no município, ao contrário do que ocorria nos anos anteriores, não fará uma programação especifica para comemorar a data.
Entretanto, merece ser lembrado que o dia 25 de maio foi escolhido para ser o Dia da Indústria em homenagem à morte de Roberto Cochrane Simonsen. Nascido no Rio de Janeiro no dia 18 de fevereiro de 1889, ano em que se proclamava a República, Simonsen, por influência de seu avô materno, que era engenheiro, matriculou-se na Escola Politécnica de São Paulo aos 15 anos de idade. Formou-se aos 21 anos incompletos, tornando-se um dos engenheiros mais jovens do país.

Um dos argumentos de Simonsen era que a industrialização não podia significar retrocesso: miséria para a maioria das pessoas e abundância para poucas, como argumentavam os defensores da alternativa agrário-exportadora nacional.
Para o jovem engenheiro, a instalação das indústrias traria uma série de vantagens, expressas na melhoria salarial, barateamento do produto, enriquecimento social e aumento da capacidade de consumo. Como consequência, o enriquecimento do Brasil intensificaria as relações comerciais com outros países, acelerando o desenvolvimento social. “Se a produção industrial serve para a Inglaterra, por que não serviria para o Brasil?”, disse Simonsen, certa vez, em discurso simbólico. Em discursos inflamados, o progressista enfatizou diversas vezes que os responsáveis pelas agressões à indústria realizavam o jogo dos países interessados na conquista de nossos mercados e em nossa recolonização. Para ele, o parque industrial e a agricultura deviam se desenvolver de maneira harmônica, entrelaçando interesses ao invés de disputar predomínio.

As ocupações empresariais de Simonsen sempre se confundiram com a sua atuação pública, seja como líder de classe ou como político. Não por acaso, foi o primeiro Presidente do Centro de Construtores Industriais de Santos, tendo organizado a primeira Junta de Conciliação do Trabalho no Brasil. Entre 1923 e 1928 também exerceu a presidência do Sindicato Nacional de Combustíveis Líquidos. Ainda em 1928 ajudou a fundar o Centro das Industrias do Estado de São Paulo, sendo conduzido à vice-presidência da primeira diretoria. Foi também presidente da Confederação Industrial do Brasil (embrião da atual CNI), no biênio 1935/37, sendo que, no fim do mesmo ano, foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
Segundo informações, a data foi instituída através do decreto número 43.769, de 21 de Maio de 1958, assinado pelo então presidente da República Juscelino Kubitschek.