A ação do tribunal vem em resposta às declarações do desembargador sobre a Polícia Militar de Goiás (PMGO), nas quais ele sugeriu a extinção da corporação.
Na manhã desta segunda-feira (6), uma reunião extraordinária convocada pelo Tribunal de Justiça de Goiás resultou no afastamento do desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo. A medida ocorreu após uma sessão do Órgão Especial que contabilizou 18 votos favoráveis e 3 contrários à proposta apresentada por Carlos Alberto França, presidente do TJ-GO. A ação do tribunal vem em resposta às declarações do desembargador sobre a Polícia Militar de Goiás (PMGO), nas quais ele sugeriu a extinção da corporação.
As declarações de Camargo geraram um embate público com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do partido União Brasil. Caiado, que se encontrava em uma missão internacional na China no momento da polêmica, condenou veementemente as palavras do desembargador, a quem classificou de “irresponsável”. Ele ainda reforçou que as atitudes de Camargo representavam uma ameaça ao Estado Democrático de Direito e mencionou que enviou ao procurador-geral do Estado a tarefa de requerer uma investigação ao corregedor para a aplicação das devidas sanções, incluindo um possível impeachment.
Em meio à controvérsia, o desembargador Linhares Camargo fez uma retratação pública através de uma nota, onde ressaltou a necessidade de “admirar” a Polícia Militar e reconheceu o “valoroso trabalho” prestado pela corporação. A decisão de seu afastamento ilustra um capítulo significativo nas relações entre as instituições judiciais e de segurança pública de Goiás.