Desafio ao governo e aos políticos

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Muitos podem até achar que não. Outros, até imaginar que o governo não sabia de nada. Tão pouco os parlamentares que estão em ritmo de campanha eleitoral, buscando alternativas que custam caras à população, com a excessiva carga tributária. A pessoa mais leiga nos dias de hoje, sente na pele, ou melhor, no bolso, o excessivo pagamento de impostos em todas as mercadorias quando vai às compras.

Agora, para demonstrar que o governo e os políticos fazem ouvido de mercador, a greve dos caminhoneiros iniciada segunda-feira, pegou o governo de calças curtas, demorando a acreditar que o movimento poderia ganhar as dimensões que atingiram em cheio toda a população, ao prejudicar o abastecimento do mercado, colocando as pessoas em pânico. Tudo por conta do preço da gasolina, do diesel, principal combustível utilizado pelos caminhões.

E foi um Deus nos acuda. Além dos políticos que só pensam em articular o retorno ao mandato e ao poder na esfera federal, também os estados e municípios continuam em efeito cascata fazendo o dever de casa. Aumentando impostos. Se o governo federal não enfrentar a situação caótica e diminuir o número de ministérios, de cargos comissionados, extinguir empresas públicas criadas para servir de penduricalho para apaniguados, estaremos sempre à mercê de mais aumentos extorsivos.

Além do Pis e Conffins, o famigerado ICMS cobrado pelos Estados e, nos municípios, o absurdo aumento do IPTU ao qual antes eram integrados os serviços de iluminação pública, esgotamento sanitário, remoção de lixo e outros que, agora, foram sendo detalhados para o contribuinte pagar a conta separadamente, inflando a conta. No Congresso, como a Lava Jato está buscando os que fazem da propina pé de meia, os parlamentares criaram o financiamento público de campanha, aprovando o Fundo Eleitoral de R$ 2,1 bilhões para financiamento da campanha. Desta forma, todos torcem para a greve continuar até que o governo e os políticos se acertem e passem a trabalhar para a população, ganhando menos, para diminuir os impostos pagos, que é um absurdo.

Perspectivas para o futuro

Depois de tanto tempo negligenciando e burocratizando os processos que poderiam, até durante a crise, contribuir para melhorar a situação da população macaense que se viu entrando no redemoinho do desemprego com a crise mundial do petróleo, parece que o governo municipal decidiu abrir um pouquinho os flancos e, se não agilizar, enxergar os propósitos de empresários que há anos pretendem investir pesado em Macaé e tornar o município atraente para o mundo dos negócios sérios e relevantes.

Um dos exemplos é o caso do Terminal Portuário de São José do Barreto que desde a década passada, iniciou o processo de construção para atender a demanda da Petrobras e outras alternativas. Com a crise cada vez mais aguda, novas tentativas foram feitas, mas a máquina burocrática emperrada da prefeitura continuou olvidando os projetos. Embora a minoria que recebeu informações privilegiadas acreditasse que um dia o sonho pudesse se transformar em realidade, conhecendo o Complexo Empresarial do CLIMA, e a necessidade da construção das estradas de Santa Teresa e Transportuária para que o Tepor pudesse alavancar os projetos, agora parece que o governo municipal acordou.

Esta semana, foram anunciados oficialmente o andamento dos processos para que as obras tão necessárias de infraestrutura para atender a realização das obras e anunciados os números de empregos que estariam sendo disponibilizados para os macaenses que, mais uma vez, viram nos números do Caged, outra queda nas ofertas de vagas. O comércio ainda não está dando sinal de recuperação, mas o fato de a Petrobras adotar nova política de recuperação e ser anunciado que a Bacia de Campos ainda terá vida por pelo menos mais 40/50 anos, parece que o governo também acordou e aliou-se aos empresários que pretendem colocar Macaé no topo da lista, outra vez. Tomara que tudo dê resultado.

PONTADAS

Esta semana, o deputado estadual Christino Áureo (PP), acompanhado de assessores, teve um longo encontro de almoço no Brazão com o ex-vereador Chico Machado. Embora nenhum dos dois confirmasse, deu para observar que o assunto era uma possível articulação para as eleições deste ano com a chapa Christino Áureo para deputado federal e Chico Machado para estadual.

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Não se sabe porque, o antigo coordenador político do Partido Verde, Fernando Guida, agora Superintendente do INEA, esteve em Macaé para participar de uma solenidade na qual entregou ao vereador Maxwell Vaz, a licença ambiental para a construção da estrada de Santa Teresa que, segundo informações da prefeitura, deve começar as obras dentro de um mês. Ninguém do governo apareceu e também não disseram porquê.

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O que a população macaense mais reclama, depois da segurança pública, é o transporte coletivo que sob a tutela da SIT, não atende de modo regular os itinerários. Tem linhas que os ônibus demoram mais de uma hora para fazer o trajeto. Vai ver, esta é a razão de todos utilizarem o veículo próprio para chegar ao trabalho. Até hoje a Câmara Municipal não aprovou a famigerada CPI para investigar as causas e os contratos.

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Até domingo.