O deputado federal Sargento Fahur (PSD-PR) está sendo processado pelo chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. A interpelação judicial, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), se deu por comentários feitos pelo parlamentar a respeito do líder de facção durante sua participação em um podcast em abril do ano passado.
O deputado aproveitou para falar de Marcola quando o assunto no Fala Glauber Podcast era “hemorroida” em criminosos. Ele disse ter recebidos informações durante visita à Penitenciária Federal de Brasília, onde Marcola está preso
– Eu estive no presídio federal de Brasília, onde está o Marcola, e os caras contaram para mim que o Marcola tomava remédios fortíssimos, que, se ele não tomava, ele evacuava sangue. Ele enfiava a bateria e ela estava soltando lá o produto, então hoje ele tá podre – disse.
Na ação enviada ao STF, a defesa de Marcola pede que Fahur explique se ele buscou confirmar a informação junto ao prontuário médico do presidiário.
Caso a informação sobre a saúde de Marcola proceda, os advogados do líder do PCC cobram qual seria a “justa causa” para que Fahur divulgasse dado “relativamente sigiloso, cuja obtenção deu-se em razão do cargo de deputado federal”.
Os advogados do presidiário acrescentam que a interpelação “não busca investigar eventual elemento subjetivo do tipo na conduta do requerido [o deputado], tampouco produzir qualquer tipo de prova, mas, sim, entender a nebulosa situação por ele posta através de um podcast amplamente divulgado”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a interpelação.
– Hoje em dia um parlamentar não pode falar nem do chefe do PCC. É difícil – disse Fahur.
Por portal Novo Norte