Este índice mostrou que o Brasil caiu dez posições no ranking, situando-se na 104ª posição entre 180 países, com uma pontuação de 36 em uma escala de zero (pior percepção) a 100
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, expressou ceticismo nesta terça-feira (30) sobre o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) 2023, divulgado pela Transparência Internacional. Este índice mostrou que o Brasil caiu dez posições no ranking, situando-se na 104ª posição entre 180 países, com uma pontuação de 36 em uma escala de zero (pior percepção) a 100. Em 2012, o Brasil ocupava a 69ª posição.
Gilmar Mendes destacou que o índice, baseado em percepções, “deve ser visto com cautela” e pediu um exame mais aprofundado para evitar conclusões precipitadas. Essa declaração foi feita pelo ministro em uma rede social, conhecida anteriormente como Twitter.
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol criticou o comentário de Mendes, ironizando que o ministro havia “anulado o índice de corrupção após anular todos os casos de corrupção no Brasil”.
Além da queda no ranking de corrupção, a Transparência Internacional fez referências críticas à nomeação do advogado Cristiano Zanin para o STF, a escolha de Paulo Gonet como procurador-geral da República sem seguir a lista tríplice, e a decisão do ministro Dias Toffoli de anular provas do acordo de leniência da Odebrecht. Estes eventos foram apontados como prejudiciais à imagem de imparcialidade do sistema judiciário brasileiro.