“Recebemos a informação extraoficial de que o comando [operacional] no Rio Grande do Sul achou que não era necessário”, afirmou o secretário-executivo José Henrique Medeiros Pires.
A decisão do governo Lula de recusar a ajuda oferecida pelo Uruguai para resgatar vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, levantou preocupações sobre possíveis motivações ideológicas por trás dessa postura. O país vizinho, cujo presidente é de direita, havia respondido ao pedido do governador Eduardo Leite, disponibilizando duas lanchas motorizadas, dois drones e um avião para auxiliar nas operações. O governo federal, no entanto, declinou a oferta, afirmando que os equipamentos não eram necessários no momento.
“Recebemos a informação extraoficial de que o comando [operacional] no Rio Grande do Sul achou que não era necessário”, afirmou o secretário-executivo José Henrique Medeiros Pires. O Ministério da Defesa justificou a recusa do avião uruguaio devido à falta de pistas adequadas para pouso em Porto Alegre, destacando que o Brasil dispõe do avião KC 390, que seria mais eficaz nas operações de transporte.
A decisão, que gerou indignação, ocorre em meio a um cenário de tragédia no Rio Grande do Sul, onde o resgate e apoio humanitário dependem de 243 embarcações e drones das Forças Armadas. Enquanto isso, a relação entre o Brasil e o Uruguai sempre foi caracterizada pela cooperação. Em 2020, o ex-presidente Jair Bolsonaro marcou presença na posse do presidente uruguaio Lacalle Pou, sinalizando um alinhamento entre os países em temas econômicos e comerciais. O governo Lula, no entanto, ao recusar a ajuda do Uruguai, mostrou que a ideologia pode ter influenciado suas ações, mesmo diante de uma catástrofe natural sem precedentes.
Por portal Novo Norte