Curvas

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Os caminhos para o processo de restruturação da economia de Macaé começam a se abrir mediante decisões, nacionais e internacionais, adotadas nessa fase pós-crise. Mas hoje, essa nova trajetória de sucesso está em risco por conta das curvas criadas por interesses políticos.

Valor do barril do petróleo se recuperando, áreas de exploração definidas para o leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e avanços na discussão sobre o novo posicionamento da Petrobras na atual realidade do mercado de óleo e gás nacional.

Com excessos de mais de R$ 30 milhões já contabilizados pelos cofres públicos apenas com o petróleo, Macaé já possui referências de restruturação do segmento da economia responsável por promover a sua transformação social e econômica ao longo dos últimos anos.

Além disso, a definição de áreas da Bacia de Campos, como ofertas a serem disputadas entre as principais empresas de petróleo no mundo no leilão da ANP, só demonstram que a fase de recessão, de retração de negócios e de desmobilização de empresas está vencida de uma vez por todas.

Porém, a partir do momento em que a burocracia passa a criar barreiras para a preparação estrutural da cidade, com objetivo de oferecer suporte às novas operações do petróleo, Macaé volta a ter o futuro colocado em risco.

Sem a consolidação do novo porto do São José do Barreto, Macaé não terá infraestrutura necessária para permitir que as empresas se instalem em seu parque industrial, e tenham condições de explorar e produzir petróleo com o apoio da logística marinha.

Sem definir as regras do Repetro – regime especial de tributação para operações do petróleo -, os investimentos previstos para o setor podem não acontecer no Estado, afetando diretamente o município.

Sem uma visão de política pública, Macaé pode perder o ‘bonde da história’, uma situação que representa, de fato, qual será o legado deixado por políticos que possuem visão apenas para os processos eleitorais, como o que será realizado neste ano.