Jornal publicou editorial classificando como “decepcionante” a formação do governo
O jornal O Estado de São Paulo publicou editorial neste sábado (24) onde demonstrou sua frustração com a formação dos ministérios de Lula (PT), que teria de ser compatível com o discurso de campanha, onde o presidente eleito falava em frente ampla, o que não está sendo critério para suas escolhas. Dos nomes já divulgados para as pastas, a maioria é composta por seus correligionários.
– É absolutamente decepcionante para o país verificar a atual composição dos ministérios que vai sendo delineada – relatou.
Dura oposição nos últimos quatro anos ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Estadão se mostra inconformado com a maneira como Lula vai escrevendo as primeiras linhas desta gestão. O jornal chama a atenção para a mudança severa de conduta naquilo que, há pouco, se comprometeu o presidente eleito. É um “governo radicalmente petista, justamente o contrário daquilo que foi repetidas vezes prometido”.
– Todos os postos decisivos estão a cargo do PT ou de gente que, por mais que esteja circunstancialmente em outra legenda, sempre teve e continua tendo a mesma visão do PT – desaprovou a publicação.
O texto manifesta sua aversão ao tradicional “modus operandi” dos petistas, que se voltam para seus interesses e ignoram as grandes necessidades do país. O editorial destaca também que “Lula e seu partido não entenderam nada, não aprenderam nada, não mudaram nada”.
– Nessa composição ministerial dominada pelo PT, há um fato especialmente preocupante. Não é que Lula esteja ‘apenas’ descumprindo a sua principal promessa de campanha, o que, por si só, é grave. No regime democrático, o eleitor merece mais respeito. A monocromia político-ideológica dos ministérios expressa uma profunda incompreensão do atual país a ser governado e dos desafios que terá pela frente – destacou o indignado posicionamento do veículo de imprensa.
Por Portal Novo Norte