A jornalista bolsonarista Cristina Graeml, candidata à prefeitura de Curitiba pelo Partido da Mulher Brasileira, foi uma das grandes surpresas do primeiro turno da eleição de 2024. Em entrevista à Rádio Auriverde de Bauru nesta segunda (7), a candidata descreveu os desafios enfrentados durante a campanha, incluindo tentativas de asfixia política e boicote por parte de veículos de mídia e institutos de pesquisa.De acordo com Cristina, ela enfrentou resistência não apenas da mídia, que ignorava sua candidatura, mas também dos institutos de pesquisa, que, segundo ela, chegaram a omitir seu nome nas sondagens. “Foi uma campanha difícil, com pesquisas que nem sequer mencionavam meu nome, e quando os eleitores insistiam, o telefone era desligado”, revelou.Nas últimas semanas antes da votação, a candidata relatou um crescimento expressivo em suas intenções de voto, impulsionado por um forte apoio popular. Cristina atribuiu esse salto ao trabalho incansável em bairros da cidade e ao contato direto com a população, o que, segundo ela, foi decisivo para furar a bolha que a mantinha fora do radar eleitoral.Além dos obstáculos midiáticos, Cristina também enfrentou adversidades online, como o hackeamento de seu site de campanha, que continha um plano de governo elaborado com a colaboração de 200 voluntários. Apesar das dificuldades, ela reconstruiu o site e continuou a divulgar suas propostas por meio de transmissões ao vivo.A candidata obteve 291.200 votos no primeiro turno e, agora, se prepara para o embate final contra o candidato do PSD, representante do sistema político tradicional. “A pergunta que o eleitor deve se fazer é: quem realmente está com o PT?”, questionou Cristina, sugerindo que seu adversário pode ter apoio de figuras influentes do sistema atual.