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Eleições seguem como pauta principal por candidatos a renovação de mandato

Cerca de 10 assessores a disposição, salários que chegam a R$ 15 mil, carros e gasolina sem custos. Com um aparato que custa ao município cerca de R$ 80 milhões por ano, a Câmara de Vereadores se volta neste momento ao embate político que antecede os seis meses para as eleições municipais deste ano. E para garantir a renovação do mandato vale tudo, até mesmo explorar o cenário de pandemia do Coronavírus para ganhar visibilidade e futuros eleitores, através do alcance das redes sociais.

Ao reagir a ação do governo de exonerar secretários, apontados como pré-candidatos ao pleito deste ano, em ato que cumpre uma das principais regras definidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), vereadores que defendem a permanência de uma hegemonia que conduz o Legislativo municipal há mais de três décadas, contra-atacam as ações definidas pelo governo, aplaudidas pela população que se preocupa em sobreviver a crise de Saúde e Econômica geradas pelo risco de contágio local da doença que já fez uma vítima fatal na Capital Nacional do Petróleo.

Com o apoio de ferramentas digitais que propagam também Fake News, conforme relato e trabalho de investigação do advogado Vitor Errichelli (leia aqui), candidatos a renovação do mandato manipulam dados oficiais do governo, e sobrepõem até mesmo as atribuições do Legislativo, para criar discursos que sensibilizam especialmente as famílias mais atingidas pelas restrições necessárias ao combate a disseminação do COVID-19.

O principal temor desses parlamentares é a disputa direta com lideranças que representam a continuidade do modelo de governo em atuação na cidade, aprovado pela maior parte dos macaenses que enfrentam, dentro de casa, a pandemia do Coronavírus.

O termo é maior também com as lideranças que representam, de forma mais pessoal, a imagem do prefeito, que exerce atualmente a sua exoertise como médico, no enfrentamento a um cenário de crise, que exige de todos os setores e poderes uma sensibilidade que vai muito além do desespero de assegurar mandatos, independente da vontade da população.