Renda e nome negativado são empecilhos para pessoas abrirem uma conta
Fazer transações bancárias usando apenas o celular, por meio de uma conta digital, é uma comodidade que veio para facilitar a vida. Pagar boletos, realizar transferências, consultar extrato, pagar ou receber via PIX são alguns dos serviços possíveis de serem feitos por contas digitais que, além de terem tarifas mais baratas – em alguns casos até gratuitas – promovem a economia de tempo, uma vez que não é necessário ir a agências bancárias ou lotéricas para realizar a transação.
Apesar do avanço e da desburocratização dos serviços bancários feitos pela internet, o Brasil ainda possui uma parcela significativa de cidadãos sem contas em banco. Em 2021, 10% dos brasileiros não tinham acesso a qualquer tipo de conta bancária, o que representa uma em cada três pessoas acima dos 16 anos no país, segundo a pesquisa do Instituto Locomotiva.
Falta de renda e nome negativado aparecem como uns dos empecilhos para o início da vida financeira em um banco. De acordo com a pesquisa, como perfil dos desbancarizados tem-se: mulheres (59%), negros (69%), pessoas que pertencem às classes C, D e E (86%) e que vivem no Nordeste do país (39%). Dentre os 45 milhões que não têm conta, 58% não frequentaram uma escola ou estudaram até o ensino fundamental.
A dona de casa Alice Maria da Silva, 48 anos, é uma das brasileiras que aderiram à conta digital em 2021. Com dificuldades de locomoção e morando distante da sua agência bancária, ela relutou inicialmente para usar aplicativos de banco no seu celular por receio de ter prejuízos. Mas a necessidade falou mais alto e sua filha, de 26 anos, tomou a iniciativa de abrir uma conta para a mãe.
“Eu mandava minha filha ir para a lotérica pagar as contas para mim e ela reclamava muito porque não queria ficar exposta na fila e, às vezes, pegando sol. Primeiro, ela abriu uma conta para ela receber o auxílio emergencial e me convenceu a abrir uma conta digital do meu banco. Agora aprendi a fazer tudo pelo celular e só vou ao banco em caso de extrema necessidade”, declara.
Superdigital
Independentemente dos motivos que levam uma pessoa a não ter uma conta bancária, com a Superdigital, uma das fintechs do Banco Santander, qualquer interessado em se bancarizar digitalmente tem a oportunidade de desfrutar dos benefícios de um cartão pré-pago. Todo o processo para abrir a conta é feito pelo celular e leva, aproximadamente, sete minutos. Ademais, não há reprovação, assim, todos os cidadãos com CPF e maiores de 18 anos têm direito à conta.
“A gente trabalha muito nessa questão da inclusão focado não só na inclusão financeira, mas também econômica, que inclui ajudar ao cliente a gerar renda e economizar, além de adicioná-lo aos meios de pagamentos digitais. Considerando que a gente é uma conta de pagamento pré-paga, a Superdigital não avalia score de crédito, assim qualquer pessoa pode ter o cartão, inclusive a pessoa com nome negativado”, explica Luciana Godoy, CEO da Superdigital Brasil.
A Superdigital possui mais de 1,9 milhão de clientes e processa mais de 70 milhões de transações por ano. Tudo isso democratizando os serviços bancários para que todos possam gerenciar a vida financeira sem burocracias. Com a conta digital é possível comprar e sacar nos caixas da Rede Banco24Horas com o cartão Internacional Mastercard; receber e transferir dinheiro para qualquer banco; usar até cinco cartões virtuais para comprar em sites e aplicativos do mundo todo, incluindo Netflix, Spotify e Uber; pagar contas direto pelo celular e quem é de São Paulo pode, ainda, carregar celular e Bilhete Único.
“A base hoje da Superdigital é bastante jovem, a maioria tem até 34 anos e muitos são estudantes. Por isso, a gente tem parcerias para divulgar vagas e bolsas de estudo para esse público no nosso blog Superprofissa”, pontua Godoy.
Um dos parceiros é o maior programa de inclusão educacional do país, o Educa Mais Brasil, que concede bolsas de estudo para diversas modalidades de ensino, da educação básica ao superior, em milhares de escolas e faculdades. “O Educa trabalha para ampliar o acesso à educação. Por isso, apoia iniciativas que favoreçam o protagonismo e autonomia financeira”, acrescenta Renato Dias, gerente de Produtos do Grupo Edu.