Políticas públicas para crianças foram fomentadas durante o evento
Sessenta pessoas participaram da abertura da 9ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, ocorrida na última terça-feira (9), no Auditório da Cidade Universitária. O evento tem como lema “Proteção Integral, Diversidade e Enfrentamento às Violências”. Na quarta-feira (10), houve debates entre profissionais de diversas áreas, professores, estudantes e adolescentes, além da sociedade civil organizada. Articulações, propostas e prioridades para as políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes foram elaboradas.
O evento contou com a participação do jovem Arthur Araújo, de 17 anos, membro do Programa Nova Vida da Prefeitura de Macaé. Primeiro a falar para o público, em mesa que tinha autoridades, referiu-se em seu discurso ao protagonismo juvenil. “O jovem deve ter mais responsabilidade como fruto de educação, liberdade e identidade, utilizando todo o seu potencial. Pode haver pressão externa, mas elas não são determinantes frente às escolhas. Cada pessoa consegue aquilo que quer. Muitos jovens poderiam estar aqui, mas não estão. O protagonismo juvenil pode nos ajudar a ser próximos uns dos outros”, disse Arthur.
A 9ª Conferência dos Direitos da Criança e do Adolescente objetivou mobilizar os integrantes do sistema de garantia de direitos desse público. Ainda visou que a sociedade civil organizada de Macaé construa propostas, as quais serão enviadas às conferências estadual e nacional. Também foi meta do evento formular ações para o enfrentamento das diversas formas de violência contra crianças e adolescentes.
A conselheira de direitos Dilma Negreiros comentou que o evento buscou diagnósticos da situação da criança e do adolescente em Macaé. “Vamos construir propostas de políticas públicas para minimizar ou até mesmo anular os problemas existentes como o risco social, a violência e as drogas”, conta Dilma.
Já o presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA), Rafael Amorim, disse que na prática esse evento dá vez e voz àqueles que querem pensar o futuro das crianças e adolescentes. “Formulamos políticas que garantam os direitos já existentes que muitas vezes são desrespeitados”, afirma Rafael.
Já a secretária de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos e Acessibilidade, Tatiana Pires, foi enfática em afirmar que a conferência é um espaço muito importante onde as pessoas devem se revestir com a armadura de guardião. “Somos todos vigilantes para proteger nossas crianças e adolescentes. Retrocessos devem ser evitados, pois a partir daqui buscaremos planos para que políticas públicas sejam efetivadas em nível nacional”, justificou.
Para finalizar, o conselheiro tutelar Stenio Barcelos diz que o principal objetivo das elaborações de propostas em defesa dos direitos de crianças e adolescentes é promover o avanço do público-alvo no cenário atual. “No meu dia a dia busco assegurar na esfera administrativa do Poder Executivo a efetivação do direito das crianças e dos adolescentes. Para que tais direitos não sejam ameaçados ou violados”, afirma.