Empresa especializada foi contratada para elaborar o planejamento para os próximos 20 anos
Foi apresentado nesta sexta-feira (6) o cronograma de etapas da revisão do Plano de Saneamento de Macaé. A apresentação foi feita durante a reunião plenária do Comitê de Bacia Hidrográfica dos rios Macaé e das Ostras, realizada no Centro Administrativo Luiz Osório, no centro de Macaé. Entre as etapas haverá estudos técnicos e audiências públicas com a população.
Levando em consideração a necessidade de atualizar o Plano de Saneamento de Macaé, o Comitê aprovou um aporte financeiro para a elaboração do documento, que vai estipular etapas para os próximos 20 anos.
A revisão do plano será feita pela Serenco, empresa especializada de Curitiba (PR), que foi contratada em concorrência promovida pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João, entidade executiva do Comitê Macaé, no valor de R$ 943 mil, com verba do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FUNDRHI). A contratação foi feita em novembro e a empresa tem 12 meses para a conclusão do trabalho.
Segundo Bruno Abreu, sócio da Serenco e gestor deste contrato, o documento irá conter diagnóstico da situação atual e cronograma de ações futuras para o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem, limpeza urbana e a destinação de resíduos.
“O plano é exigido pela legislação. Sem ele a cidade não consegue receber verbas federais para o saneamento. Esses estudos vão colaborar para a melhoria do abastecimento de água, dar uma destinação correta ao esgoto, implementar efetivamente a coleta seletiva de lixo e amenizar o problema das enchentes”, afirmou Bruno, destacando que a Serenco é altamente capacitada para o trabalho, com experiência na realização de planos de saneamento em todo o Brasil, como por exemplo em Brasília, que tem população aproximada de 3 milhões de habitantes.
O presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica, Rodolfo Coimbra, destaca a importância de financiar a elaboração de um plano para o futuro de uma das maiores cidades do interior do estado, que vem crescendo e se transformando em virtude do forte processo de industrialização
“Trabalhando com a política de recursos hídricos, o Comitê espera alcançar objetivos regionais para que toda a população tenha água em quantidade suficiente e em boa qualidade. Quando o Comitê financia o Plano de Saneamento, é porque sabe que este planejamento foi negligenciado por décadas em Macaé, e vemos o plano como uma ferramenta para para a tomada de decisões. Não podemos esquecer que o desenvolvimento da cidade tem que levar em conta as questões sociais e ambientais, ou seja, como a população e os ecossistemas vão ser atingidos frente ao desenvolvimento econômico iminente”, diz Rodolfo.