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Diretor de Contratos da empresa, Vinicius Castilho afirmou que a expectativa é chegar em maio de 2023 a 3 mil integrantes

A reunião mensal da Comissão Municipal da Firjan em Macaé contou com a presença da Ocyan, uma das maiores contratantes de mão-de-obra para manutenção offshore. Ao lado de técnicos da federação especializados no mercado de petróleo e gás, o encontro expôs a atual conjuntura e as expectativas otimistas do mercado no país e na região, onde a Ocyan, por exemplo, prevê alcançar o patamar de 3 mil profissionais até maio de 2023 – aproximando-se do recorde de 4.500 integrantes em 2015, antes da crise econômica e da pandemia.

“As informações compartilhadas nesta reunião se somam às que vimos no Rio Oil & Gas, que registrou recorde de participações. Não há dúvidas de que o mercado de petróleo passa por um momento de forte retomada, e sendo assim, as fornecedoras e os trabalhadores devem estar preparados, podendo para isso contar com o apoio da Firjan e da Firjan SENAI”, destacou o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira, que participou do encontro ao lado do coordenador da Comissão, Gualter Scheles, além de conselheiros e entidades parceiras.

O diretor de Contratos da Ocyan, Vinicius Castilho, fez uma apresentação sobre as previsões de investimentos, os novos contratos em vigor, os gargalos e potencialidades do mercado de petróleo na região. A Ocyan atua na manutenção de serviços offshore em Macaé há cerca de 20 anos, reunindo profissionais responsáveis pelas mais diferentes atividades, desde engenharia até pintura industrial e troca de tubulações. Hoje a empresa conta com quatro contratos em andamento, três deles da Petrobras, em ações ligadas a descomissionamento de plataformas.

“Somos um dos maiores empregados de manutenção de mão de obra intensiva. Enxergamos perenidade nesse mercado, com um cenário de expansão que nos traz a previsão de forte crescimento para os próximos cinco anos”, destacou o diretor da empresa, que atualmente conta com cerca de 2.600 integrantes.

“Algumas evidências nos levam a acreditar que a jornada do óleo foi não só alongada, como também alargada, com a chegada de novos agentes e possibilidades de trabalho. Sabemos que com outras tecnologias sendo agregadas, teremos uma integração energética e não apenas uma transição energética, trazendo maior eficiência ao uso do carbono”, acrescentou Karine Fragoso, gerente de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Um dos gargalos enfrentados é a perda de mão de obra qualificada por conta da pandemia. Gualter Scheles disse que a Comissão da Firjan vem atuando, junto à prefeitura de Macaé, num projeto para tentar flexibilizar algumas exigências do mercado, como a necessidade de dois anos de experiência para atuar em certos setores – principalmente pelo alto nível de risco em atividades offshore.

O gerente de Projetos de Petróleo, Gás e Naval da Firjan, Thiago Valejo, acrescentou que as tecnologias de simulação em automação, presentes no Instituto Senai de Tecnologia, por exemplo, já são capazes de reduzir o tempo de experiência necessário em determinadas ocupações. Para o representante da Ocyan, uma redução mínima nesse quesito seria capaz de aumentar em cerca de 10% a quantidade de profissionais recém-formados na região. Outra atuação da empresa neste sentido é no fomento a profissionais mulheres, que contam com programas que aumentam o nível de experiência, a fim de estimular o trabalho feminino offshore.

Por Firjan Norte e Noroeste Fluminense