Retorno de voos comerciais e construção em polo offshore marcam nova fase do petróleo
Uma nova leva de investimentos na cidade passa a ser projetada a partir da concretização de projetos que atendem à nova dinâmica do mercado do petróleo nacional, seja nos processos de exploração e produção de óleo bruto, quanto no atendimento à demanda reprimida do gás natural.
Essa fase de retomada se consolida a partir das obras de reforma da pista do Aeroporto de Macaé e da liberação para obras no CLIMA – Complexo Logístico Industrial de Macaé -, que pertence ao grupo EBTE Engenharia, responsável também pelo Terminal Portuário de Macaé (Tepor) e pela Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN).
Esses projetos foram o destaque de um encontro empresarial promovido na manhã de ontem pela prefeitura. No encontro, o superintendente do Aeroporto de Macaé, João Pedro Aparecido Romano, confirmou a previsão do início das obras de reforma da pista da base a partir de 1º de junho, com investimento de mais de R$ 25 milhões.
Romano afirmou que o projeto, que eleva as condições estruturais da pista para operações de aeronaves de maior porte, vai corrigir uma defasagem da logística aérea local, demanda antiga da indústria. “Já tivemos o contato da Azul que demonstrou total interesse de voltar a operar em Macaé. Com as obras teremos condições seguras de receber aeronaves ATR 72, com capacidade de 70 passageiros, reativando assim os voos comerciais, suspensos desde 2015”, garantiu Romano.
Já o CLIMA, cujo alvará para obras foi liberado na semana passada pela prefeitura, é o ponto de partida para um novo processo de consolidação industrial na cidade, baseado na nova dinâmica offshore.
Com a liberação do CLIMA, já é permitida a construção da Vale Azul II, termelétrica que produzirá energia com base na produção de gás realizada no pós-sal e no pré-sal da Bacia de Campos.
A partir do CLIMA, o município passa a contar também com investimentos em infraestrutura para dar acesso à nova logística industrial na cidade.
Nesse caminho, além do Arco Viário de Santa Tereza, cuja licença de instalação já está disponível para a prefeitura, a cidade contará ainda com a Transportuária, projeto que será financiado pela EBTE para garantir a construção do novo porto.
Com Santa Tereza e a Transportuária, uma nova rota rodoviária será criada na cidade, ligando o São José do Barreto, área do Tepor, até ao Parque dos Tubos, cortando a RJ 168.
A expectativa é que Santa Tereza comece a ser construída neste ano. Já a Transportuária e a Vale Azul II serão iniciadas no próximo ano.
Campos maduros em pauta
Dentro da visão de oportunidades de negócios para a cadeia produtiva do petróleo local, o governo municipal volta a levantar bandeira em defesa da revitalização dos campos maduros.
Na visão local, incrementar a produção na área mais antiga da Bacia de Campos é garantia de investimentos na área de revitalização, gerando mais contratos e abertura de postos de trabalho. “É fundamental reduzir a taxa de alíquota dos royalties para elevar a produção da curva incremental. Isso garante investimento, contratos e empregos”, disse o prefeito Dr. Aluízio (MDB).
Para Macaé, a discussão sobre a alíquota dos royalties na revitalização de campos em produção, não vai gerar perdas de receitas para as cidades produtoras. “O que é recebido hoje de compensação será mantido na casa dos 10%. O que está proposto é a incidência de 5% de royalties sobre o petróleo adicional, criando assim oportunidades de investimentos”, disse o prefeito.
Para o governo, a engrenagem de investimentos movimenta a base do petróleo local, eleva o potencial de consumo da população através do emprego, reativando a economia local.