Em vídeo conferência com a ministra Tereza Cristina, o deputado destacou a importância de linha de crédito a juros mais baixos
Nesta semana, o deputado federal Christino Áureo participou de videoconferência com a Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e membros da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) com o objetivo de propor medidas emergenciais de apoio a pequenos e médios produtores que sofrem com a crise do coronavírus. Como membro da diretoria e responsável pela Coordenação de Infraestrutura e Logística da FPA, Christino destacou pontos importantes para o setor.
– Mostramos que a linha de crédito com a taxa de juros de 3,75 % ao ano, anunciada pelo governo federal para socorrer micro e pequenas empresas, tem que ser estendida aos empregadores rurais, segmento não contemplado pelo programa. A ideia é que o financiamento com taxas nesse parâmetro seja aplicado não só para folha de pagamento – como é o programa do governo de socorro às pequenas empresas – mas também para financiar o custeio e produção. E os prazos de pagamento também devem ser maiores, uma necessidade da área rural – informa o deputado.
Na ocasião, Christino Áureo ressaltou que as atividades de produção mais perecíveis são as mais prejudicadas neste momento. Dados da Emater- Rio apontam que as pequenas cooperativas de leite já sentem dificuldades em comercializar sua produção, e o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) revela que, nas últimas duas semanas, o segmento deixou de faturar R$ 297,7 milhões. Para o mês de abril, os prejuízos calculados devem somar mais de R$ 669,8 milhões, aproximadamente, em todo o país. Para Christino Áureo, membro da FPA, é necessário adorar medidas urgentes de socorro a todos os segmentos da agropecuária, com destaque para floricultura, pecuária leiteira, produção pesqueira e aquicultura.
– No estado do Rio, três setores estão sofrendo bastante. A floricultura, pecuária de leite e produção pesqueira são compostas, na sua maioria, por pequenos produtores e são muito importantes para a geração de empregos e para a economia fluminense. Somos o segundo maior produtor de flores de corte do país. Nova Friburgo e outros municípios da Região Serrana concentram grande parte desta produção. Uma crise como esta deixará os floricultores completamente descapitalizados, podendo tirar diversos do mercado e afetando a economia de toda a região. Pequenas indústrias lácteas de Paty do Alferes, Barra Mansa e Tanguá, por exemplo, já estão com dificuldades de comercializar sua produção. Ressaltei, ainda, que o segmento sucroalcooleiro e a avicultura também sofrem com a crise devido à queda vertiginosa do preço do etanol e com a demora de recebimento de produtos necessários à produção avícola – explicou.
Segundo Christino Áureo, Tereza Cristina informou que o Ministério da Agricultura está concentrando esforços nesta semana para a construção de medidas que minimizem os problemas.
– A ministra está engajada na busca de soluções emergenciais para enfrentar a crise. A criação de linhas de créditos específicas para atender os agricultores e o estabelecimento de canais de comercialização direta da produção ao consumidor final évuma das medidas a serem tomadas nos próximos dias – finalizou.