Arteris, concessionária que administra a rodovia desde 2008, solicitou a relicitação do trecho com muitas obras ainda sem conclusão
O deputado federal Christino Áureo (PP-RJ) lutará para que a devolução da concessão da BR-101 não atrase mais ainda as obras de duplicação da rodovia. A empresa concessionária Arteris, que administra o trecho de 320 quilômetros da rodovia que liga Niterói à Região Norte Fluminense, pediu a relicitação da concessão. A iniciativa gerou forte reação da bancada do Rio de Janeiro no Congresso Nacional.
– A devolução da concessão é legalmente possível. Ela está prevista na lei. O que nós não vamos aceitar é que obras em andamento sejam paralisadas e que, de alguma maneira, afetem as condições de segurança da estrada. Mas, principalmente, que a renegociação dessa concessão não implique no aumento do pedágio, porque as pessoas já estão em uma situação desesperadora com os efeitos da pandemia, e isso pode gerar ainda mais gastos para a população e para as empresas – afirma o deputado.
Iniciada em fevereiro de 2008, a concessão iria até 2033. Todo o trâmite de uma nova licitação poderia demorar mais cinco anos e poderia impactar na vida da população dos municípios de Campos dos Goytacazes, Conceição de Macabu, Quissamã, Carapebus, Macaé, Rio das Ostras, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Rio Bonito, Tanguá, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói, interligados pela rodovia.
Preocupação com a população
– Minha preocupação é que se cumpra a lei. Se a devolução for inevitável, que ela seja cumprida, mas que os interesses dos usuários da rodovia e dos cidadãos, de um modo geral, sejam preservados. Espero que não haja nenhum prejuízo a eles e nem perspectiva futura de aumento dos custos – alerta Christino Áureo.
Segundo o deputado, havia a esperança de que os serviços tivessem sido concluídos em 2018. Entretanto, com um atraso tão grande no cronograma, obras como o trecho da Reserva União, que passa pela cidade de Macaé e liga ao município de Conceição de Macabu, o contorno de Campos, o viaduto no núcleo urbano de Casimiro de Abreu, entre outras, estão paradas.
– É muito importante que tentemos, verdadeiramente, a retomada de tudo isso. É lamentável que a Arteris esteja nessa perspectiva de devolução, sem cumprir esses itens. Essa rodovia é fundamental para todo o nosso Estado, especialmente para Macaé e a Região Norte Fluminense. Já sofremos muito com todo esse atraso – acrescenta Christino Áureo.