O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) se posicionaram, classificando a decisão como um ataque à democracia e comparando-a às práticas da ditadura militar.
Entidades representativas do setor de comunicação no Brasil, como a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ), manifestaram nesta segunda (4) repúdio à decisão judicial que censurou uma reportagem do G! sobre um caso de corrupção envolvendo Ademar Traiano, presidente da Assembleia Legislativa do Paraná e deputado estadual pelo PSD.
As organizações destacam que a Constituição Brasileira veda qualquer forma de censura prévia e enfatizam a importância da liberdade de imprensa para a democracia. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também se posicionaram, classificando a decisão como um ataque à democracia e comparando-a às práticas da ditadura militar.
Em alinhamento a uma decisão do STF no mesm osentido, a juíza Giani Maria Moreschi, impôs censura prévia à RPC, afiliada da Rede Globo, e o portal G1, que foram proibidos de veicular reportagens sobre Traiano. A medida liminar, que também envolve a Rede Globo, exige a remoção de conteúdos já publicados, alegando segredo de justiça no caso.
Durante uma sessão plenária nesta segunda-feira, Ademar Traiano optou por não se manifestar sobre o caso, citando o segredo de justiça e prometendo esclarecimentos futuros. A RPC reafirmou seu compromisso com a liberdade de expressão e informou que está recorrendo da decisão judicial. A situação atual coloca em evidência o debate sobre a liberdade de imprensa no Brasil e a relação entre o poder judiciário e os meios de comunicação.