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CBJ admite surpresa com resultados no Mundial de Judô: ‘É hora de avaliação’

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Modalidade que costuma dar alegria aos torcedores brasileiros, o judô decepcionou no Mundial de Baku, no Azerbaijão, que acaba nesta quinta-feira. Ao final das disputas individuais, a delegação nacional conquistou apenas uma medalha, e de bronze, com Erika Miranda, o pior resultado desde 2009, no Mundial em Roterdã, Holanda, quando os atletas brasileiros passaram em branco.

“Nos preparamos bem e esperávamos um resultado diferente. Mas, se tem um momento em que a gente poderia falhar é esse. Ainda temos mais um Mundial pela frente e o nosso grande objetivo são os Jogos Olímpicos”, disse Ney Wilson Pereira, gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). “Claro que em todo Mundial a gente vem para fazer um bom resultado. Para o potencial que a equipe tem não foi o melhor resultado. Poderia ter sido diferente.”

“Agora é um momento de avaliação. Temos de sentar com toda a comissão técnica e discutir onde erramos e onde acertamos. Avaliar os nossos principais adversários para podermos replanejar. O resultado não nos assusta. A gente já teve resultados piores do que esse e no ano seguinte estávamos lá de cabeça erguida e fazendo novamente bons resultados. Continuo confiando nesta equipe e no trabalho”, disse o dirigente.

Além dos atletas mais rodados da seleção, algumas jovens promessas não conquistaram medalhas, mas mostraram potencial para obter bons resultados no futuro. “Dá para tirarmos bons proveitos dos resultados, do desempenho, do que a gente assistiu Atletas novos nossos tendo um papel importante e podendo se desenvolver dentro das chaves, como foram os casos do Daniel Cargnin, da Jéssica Pereira, do Eduardo Yudy”, comentou Ney Wilson. “Enfim, alguns atletas lutaram bem, não chegaram ao pódio, mas a gente consegue ver uma equipe masculina crescendo, se fortalecendo e, com certeza, a gente reverte esse quadro.”

JAPÃO FAZ BONITO – Futura sede dos Jogos Olímpicos de 2020, o Japão conquistou medalhas em 13 das 14 categorias, sendo que em metade delas ficou com a medalha de ouro, ao final das disputas individuais do Mundial, num contraste com a campanha brasileira em Baku. Somente na categoria masculina até 100 kg os japoneses não foram ao pódio – Aaron Wolf ficou em quinto lugar.

A hegemonia dos criadores da modalidade ocorre a menos de dois anos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando o país oriental receberá a principal competição esportiva e quer mostrar toda a sua força nos tatames.

Entre as disputas individuais o Japão ganhou sete medalhas de ouro, cinco de prata e quatro de bronze. Nesta quinta-feira, a partir das 9h (de Brasília), ocorrerão as finais da disputa mista por equipes – categoria que também estará nos Jogos de Tóquio. O Japão é o grande favorito a ficar com a medalha de ouro, até pelo que já fez nesta competição.

Fonte: Estadão conteúdo