Polícia Militar confirmou ontem (18) que o famoso ‘caveirão’ vindo da capital vai seguir por tempo indeterminado à disposição do 32° Batalhão da Polícia Militar em Macaé. O blindado chegou em novembro do ano passado, passou por reformas e começou a ser utilizado no combate ao tráfico de drogas na cidade em janeiro deste ano.
O comando da PM confirmou que o veículo foi acionado várias vezes para entrar em diferentes áreas de Macaé. A primeira ação foi no dia 9 de janeiro, quando houve um confronto entre traficantes e policiais no bairro Lagomar, e que resultou na morte do cabo José Renê Araújo Barros.
O blindado já percorreu as ruas das comunidades da Nova Holanda, Malvinas, Bosque Azul e Botafogo. “O veículo só é utilizado quando, de fato, existe uma real necessidade. A ação dele é servir como reforço aos policiais que estão em ação fora do blindado”, explicou o comandante do batalhão de Macaé, tenente-coronel Marco Vollmer.
O veículo, ainda segundo a PM, foi utilizado em combates ao tráfico de drogas na capital e tem marcas dos enfrentamentos. Em Macaé, passou por manutenção e contou com a ajuda da iniciativa privada.
“No ano passado, mesmo eu particularmente encontrei o blindado parado no pátio do comando da PM, na capital, e ali já tive interesse em trazer o veículo para Macaé. Em uma conversa, me comprometi a fazer a manutenção necessária e assim consegui trazê-lo para cá”, relatou o comandante Vollmer.
Características do ‘caveirão’ – O espaço dentro do blindado é capaz de abrigar, confortavelmente, mais de 20 policiais militares fortemente armados. “Antes de qualquer policial entrar nele, realizamos uma reunião estratégica para fazer o posicionamento de cada um dentro dele. Aí, possuímos todo nosso aparato de armamento e vamos rumo ao local definido, sempre de uma maneira bem trabalhada e estudada. Cada caso é um caso”, explicou o comandante.
O blindado tem mais de três metros de altura. O motor é de seis cilindradas turbo diesel e pesa cerca de 25 toneladas. A blindagem resiste a tiros de grosso calibre. As rodas permitem passar por buracos, subir escadas e até percorrer por águas de até 60 cm de profundidade.
Em todo o Estado do Rio, o blindado é conhecido como “caveirão”. Em solo macaense ganhou um apelido da corporação.
“Aqui chamamos de ‘mamute’. Se você reparar bem, tem dois ferros erguidos na frente dele. Isso lembra o chifre de um mamute. Sem falar que é uma máquina fabulosa”, revelou o comandante.