O grupo doou cerca de 200 máscaras aos policiais do Batalhão da PM - Divulgação

O Projeto Máscaras para Todos, idealizado pela Campanha da Solidariedade dos Trabalhadores da Petrobras em Macaé alcançou nesta segunda-feira (13) a meta de fabricação de mil máscaras

A pandemia do novo coronavírus muda muitas coisas na rotina do brasileiro, e com certeza deixará grandes lições. E em Macaé não é diferente, onde o clima de solidariedade cresceu maravilhosamente em todos os lugares. Assim, merece destaque o Projeto Máscaras para Todos, idealizado pela Campanha da Solidariedade dos Trabalhadores da Petrobras em Macaé, movimento que alcançou nesta segunda-feira (13) a meta de fabricação de mil máscaras.

Um dos responsáveis da campanha da solidariedade, Cyro Barretto, informou que somente em um dia entregaram 200 máscaras para o 32º Batalhão da Polícia Militar. O projeto conta com um grupo de voluntários, inspirado no movimento global #Masks4All, que incentiva a produção de máscaras caseiras na luta contra o avanço do coronavírus, decidindo assim fazer a diferença em Macaé.

“O desafio Máscara Para Todos tem o objetivo de conscientizar sobre o uso desse equipamento de proteção individual, além de unir pessoas interessadas na produção e doação de máscaras de tecido para pessoas em situação de risco”, esclarece Cyro, acrescentando que, em torno deste desafio, existem dezenas de voluntários espalhados por todos os bairros da cidade e instituições sem fins lucrativos envolvidos na confecção do produto.

“Quero contar a todos a alegria de termos mais uma voluntária trabalhando conosco. Uma menininha linda. Ana Luiza. de 10 anos, dando um exemplo maravilhoso para muitos adultos”, disse

Ele lembra que, desde o início da pandemia, houve uma grande busca por máscaras de proteção e o equipamento se tornou escasso, até mesmo para quem trabalha na área da saúde. Inicialmente, o uso de máscaras era recomendado apenas para quem tinha sintomas da Covid-19, e o uso de máscaras de pano tornou-se uma alternativa bastante eficaz.

“Em nossa equipe temos profissionais da costura, outras pessoas comuns que amam costurar e nossa equipe de logística responsável pelas compras, entregas de materiais, higienização e embalagens e entrega”, explica Cyro Barretto.

O projeto começou há poucos dias e já conta com 36 voluntários trabalhando dia e noite na confecção de nossas máscaras. No último domingo (12), foram doadas 200 máscaras para o 32º Batalhão de Polícia Militar de Macaé. Nos próximos dias serão entregues máscaras para a 123ª Delegacia Policial de Macaé, Guarda Municipal, Centro POP – Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua, Recanto dos Idosos Sagrado Coração de Jesus, Casa do Idoso – Asilo de Imbetiba e Centro de Triagem do Doente por Coronavírus de Macaé.

As máscaras são confeccionadas segundo as orientações do Ministério da Saúde, feitas em tecido 100% algodão. Depois de testar vários modelos, o grupo encontrou um modelo prático e seguro que pode ser feito por qualquer pessoa, que saiba costurar.

Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, como ter pelo menos duas camadas de pano e ser de uso individual. Elas podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. Também deve ser feita nas medidas corretas, cobrindo totalmente a boca e nariz sem deixar espaços nas laterais.

“O nosso maior desafio no momento é conseguir tecido, elástico e linha. Os armarinhos de Macaé estão fechados e aqueles que atendem por delivery estão com seus estoques quase acabando”, frisou Cyro.

“Estamos identificando outros grupos de risco e acreditamos que poderemos estar ajudando na prevenção. Estamos lidando com um caso em que todo cuidado é pouco. Não é por estarmos de máscara que estamos imunes. É apenas mais uma etapa da prevenção. A máscara protege o outro. Eu te protejo e você me protege”, concluiu Cyro Barretto.

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