É do petróleo que surgem todas as chances de restruturação das economias do Estado e do município, mediante os aportes bilionários das empresas que ainda ocupam espaço de destaque no mercado internacional de óleo e gás.
Apesar dos royalties e das cotas da Participação Especial serem a “menina dos olhos” dos agentes políticos, que se projetam a candidatos nas eleições gerais deste ano, das operações que sustentam a produção em larga escala de barris diários do ouro negro brasileiro, é que surgem o sustento de arrecadações bilionários de Macaé e dos cofres do governo estadual.
À beira da falência, a administração do Estado viveu penúria ao longo dos últimos três anos, um legado deixado pela corrupção de Cabral, herdada a contragosto por Pezão, sob a dura influência de Picciani e suas ramificações.
Agora, seja Paes, Romário ou a volta de Anthony Garotinho, o futuro da administração do Rio de Janeiro depende de pulso firme, de decisões acertadas e da recuperação do pacto entre os 92 municípios cuja prosperidade advém, não da capacidade financeira das suas atividades econômicas, mas sim da força de vontade da sociedade em produzir, não apenas riquezas, mas discussões importantes sobre o futuro político das regiões.
Em discussões agora nos noticiários por conta do início da campanha eleitoral, as mazelas acumuladas pelos municípios não devem ser o único retrato de uma disputa política que será focada nas falhas dos candidatos, e não nas propostas estudadas para salvar o Rio de Janeiro do atoleiro.
É fato que o petróleo possui força e independência capazes de gerar, por si só, mudanças importantes no cotidiano dos municípios produtores, abrindo postos de trabalho, reaquecendo as operações das empresas de óleo e gás, contribuindo assim com o reforço da combalida economia regional.
Com um grande esforço de agentes ligados a indústria, a construção de um caminho para o reconheço da prosperidade do petróleo depende sim das decisões que serão tomadas pela sociedade, através do processo eleitoral que efetivamente começou ontem.
E, se apenas brigas e trocas de farpas forem apresentadas pelos candidatos a governador, será bastante difícil de acreditar que um dia, mesmo com a prosperidade do petróleo, Macaé e o Rio de Janeiro voltarão a ser o que eram: referência em desenvolvimento e prosperidade.