Militares do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) foram afastados de seus cargos e retornaram aos quartéis de origem. As doações via Pix para o ex-presidente Jair Bolsonaro, durante uma campanha que arrecadou cerca de R$ 17 milhões, motivaram os afastamentos. A campanha foi organizada por aliados de Bolsonaro nas redes sociais para ajudá-lo a pagar multas e despesas de processos judiciais.O caso ganhou destaque quando os nomes dos doadores chegaram ao conhecimento de membros do governo Lula. O GSI preferiu não comentar o ocorrido.Após as depredações de 8 de janeiro, o GSI já estava sob escrutínio. Relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sugerem que a equipe do general Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI e homem de confiança de Lula, pode ter facilitado a invasão do Palácio do Planalto.Como resposta, o presidente Lula exonerou Gonçalves Dias, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu o general em um inquérito ainda em andamento. Nos bastidores, o governo tem minimizado a responsabilidade do general, sugerindo que membros críticos de Lula no GSI poderiam ter sabotado a segurança.O Gabinete de Segurança Institucional, um órgão da Presidência da República, é encarregado de garantir a segurança do presidente, vice-presidente, suas famílias, palácios presidenciais e residências oficiais, além de coordenar eventos com a presença do presidente e monitorar questões de risco à estabilidade institucional.