Principal índice acionário brasileiro acumula 2,20% de queda até quinta-feira. Um novo recuo hoje pode levar o Ibovespa para o pior resultado semanal desde março deste ano
Com receios sobre a saúde fiscal do país e o posicionamento contracionista das políticas monetárias na Europa e nos Estados Unidos, a Bolsa brasileira ainda enfrenta um cenário desafiador. O Ibovespa acumulou uma queda de 2,20% ao longo da semana, principalmente após uma quinta-feira marcada pela aversão ao risco. No entanto, o indicador mantém-se positivo no mês, registrando um modesto ganho de 0,35%.
Hoje, os investidores estão atentos à suspensão das exportações de diesel da Rússia, destinada a conter um suposto desabastecimento interno. A Rússia tem sido um fornecedor vital de combustível para o Brasil recentemente, e a duração dessa medida poderá afetar os preços locais. Internacionalmente, o preço do diesel chegou a subir mais de 5% após o anúncio russo, mas posteriormente recuou, mantendo-se com pouco mais de 3% de alta desde ontem.
No cenário global, o Banco do Japão (BoJ) anunciou a manutenção da taxa de juros em -0,10% e da banda de controle dos papéis do governo japonês de 10 anos entre -0,5% e 0,5%. Isso resultou em uma desvalorização da moeda japonesa em relação ao dólar. Enquanto isso, no Brasil, a equipe econômica tenta passar a mensagem de alinhamento entre o Banco Central e o governo, enfatizando a importância da busca firme pelas metas fiscais. Essa estratégia visa encobrir o isolamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no governo, enquanto o Congresso Nacional é instado a evitar novos gastos e apoiar medidas de aumento da arrecadação.
No mercado de commodities, o minério de ferro se recupera após uma forte queda e apresenta um aumento de mais de 3% em Singapura, sendo cotado a US$ 121,20 a tonelada. Além disso, o preço do petróleo retoma sua ascensão, registrando um aumento de 0,84%, com o barril do tipo Brent negociado a US$ 94,08 às 8h17.