A festa do Bloco do Benê está marcada para acontecer nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro, agitando a orla macaenses.
Aquecendo os ânimos e a animação desponta por aí o Bloco do Benezinho, numa promoção do Benê, que já causa clima de grandes expectativas no meio dos foliões macaenses.O Bloco, que é um dos mais tradicionais blocos de Macaé, chega em sua versão para toda a família, rolando um bailinho para os pequenos e para os grandes no Ô Zé Gastronomia
O Bloco do Benezinho vai acontecer nos dias 21, 22 a 23 de fevereiro (sexta, sábado e domingo de carnaval), das 18h as 23h. O agito vai constar de atrações para todos, inclusive com a participação de uma banda de marchinhas de carnaval, bar completo, brinquedos, animadores e muito mais.
A festa irá oferecer diversas surpresas, e todos os dias haverá premiação para a melhor fantasia da noite. Os prêmios serão em dinheiro: R$ 30 (a partir de 5 anos) e R$ 20,00 (Crianças de 1 a 5 anos). Ingressos já estão à venda.
A direção da casa convida a todos a colocar a sua melhor fantasia, seu melhor sorriso e entrar na folia.
Bloco do Benê
Há cerca de 12 anos um grupo de macaenses decidiu homenagear, durante o Carnaval, um dos maiores músicos do município e do estado do Rio de Janeiro de todos os tempos: Benedito Lacerda. Apaixonados pela obra do poeta Benedito Lacerda, o grupo de pessoas criou em 2009 o “Bloco do Benê”, que tinha como principal objetivo, além de resgatar a tradição dos blocos de rua, também unir em um bloco de carnaval a memória histórica macaense, a descontração dos foliões e o clima de folia típico da época, fazendo do Carnaval mais uma oportunidade de levar aos novos macaenses, histórias de grandes personalidades da nossa região, tudo, é claro, ao som de muitas marchinhas.
Fantasiados e munidos com muito confete e serpentina, o bloco conta com uma equipe de pessoas, todas ligadas direta ou indiretamente às artes e cultura, e que atuam nos mais diferentes ramos: são atores, músicos, bonequeiros, apoios, manipuladores de alegoria etc. O Bloco do Benê é formado por músicos, que se dividem em instrumentos como Baixo, Bateria, Caixa e Surdo, além de cantores e instrumentos de sopro, como Trompetes, Trombones e Saxofones.
O bloco mantém a tradição da marchinha típica do carnaval carioca. Além disso, também costuma executar a marcha rancho e o samba. A marchinha é uma tradição do Rio de Janeiro, dos bailes de carnaval nos clubes e é essa a proposta do bloco, além de trazer também músicas de macaenses.
Benedito Lacerda
Natural da cidade de Macaé (RJ), Benedito Lacerda nasceu em 14 de março de 1903, em um lar modesto, e batizado na Matriz da Igreja São João Batista, em frente ao altar de São Benedito, onde recebeu o nome de “Benedicto”. O menino cresceu, enfrentou bravamente as adversidades de uma criança pobre, mas venceu: ganhou o Brasil com seu talento, galgou fama como compositor e firmando-se também como flautista. Benedito Lacerda teve a Nova Aurora como seu berço musical.
Ainda criança, Benedito Lacerda acostumou-se a ouvir o cortejo musical que passava, a Nova Aurora, que bem cedo o influenciou musicalmente. De tal forma que, anos depois, deixou estas palavras registradas no Livro de Visitas da sociedade musical: “À minha velha Nova Aurora, inspiradora da minha vida, a causa direta da minha arte, aqui fica o meu coração com muita gratidão”.
Em 1933, vence um concurso e ganha o primeiro prêmio: uma flauta de prata. Nessa época, Benedito marca seu primeiro grande sucesso como compositor com o famoso “Macaco, olha o teu rabo”.
Desse inicial sucesso, Benedito Lacerda conquista fama e notoriedade como compositor de músicas carnavalescas, em melodias a que deram letra Carvalhinho, Haroldo Lobo, Herivelto Martins, Frazão, Luiz Vassalo, Osvaldo Santiago, Pereira Matos, Vianinha, entre outros. Posteriormente, surgiu uma dupla famosa: Pixinguinha no saxofone e Benedito Lacerda na flauta. O Brasil inteiro cantou suas músicas, que até hoje trazem saudade: ‘Caninha Verde’, ‘Verão no Havaí’, ‘Lero-Lero’, ‘Eva Querida, Querido Adão’, ‘Minueto’, ‘Pombo Correio’, Palhaço’, ‘Lapa’, e tantas outras. O quase lendário Regional de Benedito Lacerda foi o sistemático acompanhador das gravações até 1945 de famosos, como Mário Reis, Francisco Alves, Sílvio Caldas, Carmem Miranda.
Mas o macaense não se projetou apenas na produção de músicas carnavalescas. Deixou também valsas, sambas-canções e choros, composições como ‘Meu Coração a Teus Pés’, ‘Número Um’, ‘Cem Anos atrás’, Cigarra Noturna, ‘Esperança do Brasil’, ‘Falso Amigo’, ‘Professora, ‘Normalista’, ‘Dinorá’.