Ação teve início nas primeiras horas da manhã de quinta-feira (13), cujo objetivo da ação é coibir o tráfico de drogas nas comunidades e cumprir mandado de prisão
Agentes do Comando e Operações Especiais (COE) da Polícia Militar, em conjunto com o Batalhão de Ações com Cães (BAC), realizaram uma megaoperação nas comunidades da Nova Holanda, Nova Esperança e Malvinas, desde o início da manhã de quinta-feira (13), em Macaé. O objetivo da megaoperação é coibir o tráfico de drogas, encontrar armazenamentos de materiais entorpecentes e prender criminosos que estão com mandado de prisão em aberto.
De acordo com o COE, as equipes que vieram da capital, chegaram na cidade por volta das 6h da manhã e entraram nas comunidades dominadas pelo tráfico por volta das 8h, onde mais de 10 veículos do COE e 100 agentes participaram da operação.
Na comunidade Nova Holanda, houve registro de disparos de arma de fogo, mas ninguém ficou ferido. Traficantes que costumam ficar de ‘vigia’ em torres, lajes e até mesmo em casas abandonadas, fugiram para outras comunidades adjacentes.
Segundo informações dos moradores dessas localidades, alguns agentes aproveitaram do abuso de poder policial, e abordavam algumas pessoas e agrediam verbalmente.
De acordo com os policiais, foi feito um cerco em vários becos e vielas dessas comunidades, onde quintal, casas abandonadas e terreno baldio foram revistados com apoio de cães farejadores, com objetivo de encontrar tonel com drogas, já que a comunidade é conhecida por armazenar grande quantidade de materiais entorpecentes e até mesmo armamentos pesados.
Em uma comunidade que fica ao lado na Nova Holanda, que é a Nova Esperança, agentes desconfiaram de um homem que, segundo a polícia, apresentou um comportamento suspeito. Após ser abordado, foi verificado que nada constava contra ele.
A COE e o BAC ainda não divulgaram um balanço da operação e nem confirmam ter acontecido confronto entre traficantes e policiais que resultaram na troca de tiros. Moradores da comunidade, no entanto, relatam, através das redes sociais, tiroteios na região.
Traficantes disputam território
Constantemente invadidos por homens fortemente armados, moradores ameaçados de morte e inocentes assassinados. Esta tem sido a realidade vivida por populares dos bairros da Aroeira, Botafogo, Parque Aeroporto, Nova Holanda, Lagomar, Engenho da Praia e Malvinas, desde que integrantes de facções criminosas invadem com frequência outras comunidades para tomar o controle do tráfico de drogas nessas regiões.
Diariamente a Polícia Militar de Macaé realiza ações para o combate às drogas e à comercialização, porém as facções instaladas no município se alastraram e perdeu-se o controle, onde cada dia um ‘soldado’ é recrutado para ‘trabalhar’ na boca de fumo na Capital Nacional do Petróleo.
Diante de algumas operações da PM realizadas em becos e vielas, a comunicação entre traficantes da mesma facção é notória, e o rádio frequência da polícia consegue captar as conversas e gírias dos criminosos que comandam as perigosas comunidades de Macaé, entre elas, Malvinas e Nova Holanda. Muitos desses traficantes ordenam que os ‘soldados’ atirem contra as viaturas da polícia e até mesmo contra os policiais militares para provocar confronto, ou como se preferir, uma guerra de tiros que chega a durar mais de 40 minutos, que pode ser escutado na região central de Macaé.
Durante uma visita na comunidade, moradores relatam a opressão e a guerra de facção. Um comerciante que prefere não se identificar, afirma que o tráfico dominou boa parte das comunidades macaense.
Vale lembrar que boa parte do confronto registrado no município é entre traficantes do Comando Vermelho e A.D.A. , cujos traficantes agem em motocicletas e invadem as comunidades atirando até em pessoas inocentes que residem na localidade.
Segundo relatos dos moradores, traficantes da Favela da Linha partem para os ataques e invadem Aroeira, Morro de São Jorge, Botafogo, Malvinas. Já a facção do Lagomar, ataca criminosos do bairro Engenho de Dentro e vice-versa se estendendo para as bocas de fumo no bairro São José do Barreto, Parque Aeroporto e Novo Horizonte.
