Três embarcações pesqueiras saíram hoje de um cais na Ponta D’areia, em Niterói, rumo à área do antigo estaleiro Caneco, no Caju, onde o governo do Rio irá implantar o complexo pesqueiro do estado. A travessia da Baía de Guanabara levou cerca de uma hora. A ideia foi testar a navegabilidade e verificar a duração do trajeto para barcos de diferentes tamanhos.
– O projeto do complexo pesqueiro está em andamento. Recebemos, nesta semana, a carta de arrematação do terreno, que passará a fazer parte do patrimônio estadual. O projeto irá beneficiar o setor pesqueiro fluminense com uma área ampla, atendendo todas as necessidades logísticas do setor, gerando emprego e renda para a população – destaca o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Cássio Coelho.
Participaram da operação pescadores ligados ao Sindicato dos Armadores de Pesca do Estado Rio de Janeiro (Saperj). Para Onacy dos Santos Faria, diretor do Saperj, a navegabilidade da área é boa.
– Tem que ter muita atenção, devido a muitas embarcações que há na área, mas a navegabilidade foi tranquila – confirmou Onacy, acrescentando que a travessia do percurso feito deve levar de 45 a 50 minutos, em marcha de viagem.
Também presenciou a travessia o padre Omar, reitor do Santuário Cristo Redentor do Corcovado, que está desenvolvendo um projeto de remoção de embarcações abandonadas e em avançado estado de decomposição na Baía de Guanabara.
– Vamos unir forças para removê-las em um grande projeto de desenvolvimento sustentável, despoluição ambiental e visual. As embarcações serão içadas e rebocadas até o Estaleiro Caneco. Lá será feito o desmonte para dar o destino adequado dos resíduos e rejeitos – afirmou o padre Omar.