Atentados

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E mediante a todos os impasses, questionamentos e inflexões gerados pela conduta dos principais agentes públicos do país, que enfraquecem os conceitos da política nacional, eis que mais um episódio triste para a imagem do Brasil perante o mundo, representa todas as ameaças que a democracia brasileira ainda sofre dentro do atual processo eleitoral.

O atentado sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) representa todos os extremos que marcam os cenários político e social brasileiro, algo bastante nocivo para a construção do futuro da nação após crise.

Por mais que os argumentos, as ideologias e as propostas do candidato sigam uma linha bastante radical, é preciso respeitar o espaço e o posicionamento de cada um dos 13 presidenciáveis que se lançam na mais conturbada e incerta campanha eleitoral da história brasileira.

Ao pregar um combate direto da “violência contra a violência”, de “fogo contra fogo”, Bolsonaro é capaz de motivar os extremos da sensibilidade popular. Há quem o ame, e há quem o odeia! E por conta disso, é o mais vulnerável a gerar demonstrações como a que foi alvo. Ele também é capaz de atrair a solidariedade de militantes, que se espalharam pelo país, em mobilizações semelhantes a pressão favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Porém, é preciso que o episódio registrado na última sexta-feira (6), em Juiz de Fora, seja avaliado com bastante cautela. Dentro de uma visão isolada, o atentado parece ter sido provocado por motivação de um, e não por ideologia partidária no sentido de guerrilha.

A visão extremista de Bolsonaro não é a única tônica do atual processo eleitoral brasileiro, que já caminha para o seu desfecho, em 7 de outubro.

O indeferimento do registro de candidatura de Lula (PT), os posicionamentos contundentes de Ciro Gomes (PDT), o real tamanho de Marina Silva (REDE), a herança política tucana da Geraldo Alckmin (PSDB), e as novidades pregadas por Guilherme Boulos (PSOL), João Amoedo (NOVO), Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (PODEMOS), entre os demais candidatos, também devem ser levados em consideração pelo eleitorado, macaense e brasileiro, mediante ao desdobramento do processo eleitoral.

O futuro do Brasil não pode ser medido pelos extremos que marcam a campanha nas ruas, algo que precisa ser controlado o quanto antes, pelo bem da própria nação.