Durante manifestação realizada neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo, Michelle Bolsonaro pediu anistia aos presos pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023. Diante de uma multidão, a ex-primeira-dama criticou decisões do STF e afirmou que não houve golpe.

Acompanhada de lideranças religiosas como o pastor Silas Malafaia, o padre Kelmon e outros, Michelle afirmou que o movimento busca a união dos brasileiros em defesa da liberdade e contra injustiças praticadas pelo Judiciário.

Michelle citou o caso de Débora, condenada a 14 anos de prisão e multa de R$ 30 milhões por escrever frases em um monumento. Segundo ela, a punição desproporcional é uma “marca da crueldade” que estaria sendo imposta a cidadãos comuns que protestaram em Brasília.

“Se um pichador cumpre pena em liberdade, por que tanto rigor com uma mãe de família?”, questionou a ex-primeira-dama, sob aplausos. Ela também lembrou que Débora está há dois anos em prisão domiciliar após forte mobilização de apoiadores.

Em tom emocional, Michelle agradeceu a presença de mulheres, parlamentares e líderes estaduais, com destaque ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Chamou-o de “melhor ministro do governo Bolsonaro”.

A ex-primeira-dama também fez apelo ao ministro Luiz Fux, do STF, citando o caso de Dalgisa, de 64 anos, que estaria doente e presa injustamente. “Não jogue seu nome na lama”, disse, pedindo sensibilidade e equilíbrio à Corte.

Ao final do discurso, Michelle reforçou que os manifestantes não desistirão do Brasil. “A justiça vai prevalecer”, afirmou, chamando a população a se manter firme até as eleições de 2026. “Mulheres, somos mais da metade da população. Vamos mudar o país.”

Michelle encerrou a fala conclamando por “anistia humanitária” e dizendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro “não tem projeto de poder, mas de prosperidade”. Também mandou mensagem a Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA: “Força, Eduardo”.