A crise no governo federal se intensificou com os cortes planejados no Orçamento de 2025, ameaçando a continuidade de serviços públicos essenciais. Ministérios e autarquias alertaram que os recursos previstos são insuficientes, o que pode resultar na paralisação de atividades como o atendimento do INSS, a distribuição de água no Palácio do Jaburu e a manutenção da internet em agências do governo.Para manter os investimentos no eleitoreiro Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo decidiu reduzir as despesas administrativas, mesmo com o risco de comprometimento de contratos importantes. Além disso, as despesas obrigatórias, como os benefícios previdenciários, continuam a pressionar o Orçamento, limitando ainda mais a margem para despesas discricionárias.A situação é agravada pelo congelamento de R$ 15 bilhões em gastos decretado em 2024, que dificilmente será revertido. Com os cortes, serviços prestados por órgãos como a Telebras e a Dataprev estão em risco, afetando milhares de escolas públicas, postos de saúde e prédios da Presidência da República.O Ministério do Planejamento, responsável pela elaboração do Orçamento, afirmou que o projeto ainda está em processo de desenvolvimento e que qualquer manifestação será feita após o envio ao Congresso Nacional no final deste mês. Enquanto isso, a incerteza sobre o financiamento adequado dos serviços públicos permanece, levantando preocupações sobre a capacidade do governo de manter a qualidade dos serviços oferecidos à população.