Renato, de 18 anos, conta a sua trajetória e traça também o desejo de conquistar o Carioca com o Verdão
Classificado para a semifinal da Taça Santos Dumont com uma rodada de antecedência, o Serra Macaense ocupa também o primeiro lugar da classificação geral neste momento do Campeonato Carioca – Série B1 da categoria sub-20. Além disso, o Verdão possui o melhor ataque da competição, com 16 gols até agora. Um terço destes passou pelos pés do artilheiro Renato, que já marcou cinco vezes no Estadual (além de dois no Torneio OPG).
Nascido em Areia Branca, município a 330km da capital potiguar, Natal, o jovem de 18 anos está em sua terceira temporada no clube. Em 2018 chegou a participar de algumas partidas com o grupo profissional, mas é nesta temporada que se consolidou como principal artilheiro da base.
“É tudo mérito do trabalho no dia a dia, não só meu, mas de todos da equipe. Muito comprometimento e profissionalismo com a camisa que vestimos. Os gols são consequência dentro daquilo que treinamos, o foco em cada orientação, a vontade em campo, o desejo de evoluir. Começando pelo goleiro até chegar em mim. Graças a Deus, as bolas que estão chegando tem parado no fundo da rede, mas repito, o mérito não é só meu, e sim de toda a equipe. Ano passado, joguei algumas partidas pelo profissional do Serra e foi o ano que mais aprendi como atleta. Esse ano, poder ser, neste momento, o artilheiro da equipe é uma alegria imensa, mas não o bastante. Quero o título carioca e fazer história nesse clube que me trata muito bem”, afirma.
Era pelas ruas do bairro Somobam que o menino dava os seus chutes quando criança. Com destaque numa população de pouco mais de 27 mil pessoas, defendeu a seleção do município. Chegou até as categorias de base do Internacional, em Porto Alegre. Antes, ao passar pelo Rio de Janeiro, conheceu pessoas ligadas ao Serra Macaense, que o ajudam até hoje: o casal dona Alzineide e Marcão, além do treinador Fabiano Mourinho. Quando deixou o Sul, um convite do presidente Rodrigo dos Santos o fez chegar de vez ao Verdão.
“Pode colocar que é a saga dos nordestinos sonhadores. Assim como muitas crianças e adolescentes, sempre tive o sonho de jogar profissionalmente em alto nível. Estou batalhando para chegar lá. Tenho muito a agradecer essas pessoas que acreditam em mim e me dão total apoio. É uma felicidade imensa estar vivendo esse momento e quero poder ir além, com muito treinamento e pés no chão. Já rodei muitos quilômetros, literalmente, nesta vida por conta da bola. Quero poder rodar mais e atingir o máximo possível. Sonhar não custa nada”, finaliza.