A Câmara de Vereadores de Macaé realiza nesta segunda, dia 4 de abril, às 18h, a audiência pública híbrida “Complexo Termoelétrico – impactos à saúde da população e escassez de água no Rio Macaé – necessidade de uma avaliação ambiental estratégica”. O evento foi requerido pela vereadora Iza Vicente para atender um pedido da comunidade local e de organizações ambientalistas, entre elas as ONGs internacionais, Instituto ARAYARA, Observatório do Clima, Observatório do Petróleo e Gás e International Rivers.
A instalação do complexo vai agravar ainda mais a falta de água na região, conforme já alertou o Ibama. Estão previstas a construção de 11 usinas termoelétricas; ampliação do terminal de processamento de gás natural da Petrobras em Cabiúnas; um loteamento industrial para receber as termelétricas; uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH); gasodutos que levarão o gás natural da Bacia de Campos para o Porto de Açú, em Campos e duas linhas de transmissão para conectar ao sistema integrado.
O diretor técnico da ARAYARA Juliano Bueno de Araújo, argumenta que há muitas falhas nos estudos apresentados e que a instalação seria uma tragédia para o município. “A população já vem sofrendo com a falta de água, o município de Macaé já é um dos mais poluídos do Brasil, imagina como ficará com um complexo desses? Não nos resta outro caminho se não a judicialização”. Ele acrescenta que as ações serão apoiadas por organizações integrantes do Observatório do Clima e do Observatório do Petróleo e Gás.
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