Apontado como líder do tráfico é considerado foragido da justiça

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‘Bigu’ é o chefe da comunidade do Morro de São Carlos, no Rio, onde traficantes se refugiaram para invadir Malvinas e Nova Holanda, em Macaé

O Portal dos Procurados divulgou, ontem (3), cartaz para ajudar a 123ª DP de Macaé e o 32º Batalhão de Polícia Militar, com informações que possam levar a prisão de Evandro Guimarães, conhecido como “Bigu”, de 36 anos. Ele é apontado por lideram ‘guerra’ entre facções rivais, que acontece em Macaé, e já é considerado foragido da Justiça, por ser evadido do Sistema Penitenciário desde 2019.

A guerra entre as duas facções foi o que aumentou os índices de homicídios na região, e está sendo causada por um preso que aproveitou um benefício que ganhou da Justiça para fugir da cadeia. Evandro Guimarães, o Bigu, recebeu autorização da Vara de Execuções Penais (VEP) para visitar a família no réveillon passado: ele saiu do Instituto Penal Edgar Costa, em Niterói, em 30 de dezembro e não voltou mais a sua unidade prisional.

Evandro Guimarães, o Bigu, foi condenado a mais de 45 anos de prisão por crimes como roubo, porte ilegal de arma e tráfico de drogas. Essa não é a primeira vez que Bigu foge da cadeia. Em março de 2007, o traficante ganhou o benefício da Visita Periódica ao Lar (VPL), saiu do presídio para visitar parentes e não voltou. Em 2012 ele foi recapturado.

Bigu é o chefe do bando compostos de vários traficantes que saíram do Morro de São Carlos, no Centro do Rio, e foram em direção a região para invadir as favelas das Malvinas e Nova Holanda, em Macaé, no Norte Fluminense, para retomar os pontos de drogas para sua facção.

Os casos de homicídios quase que quadruplicaram, passando de seis para 23.

Todos os crimes, segundo levantamento feito pela PM, têm relação com a guerra de facções. De acordo com levantamento do 32º BPM, entre os dias 1º e 23 de março, a guerra entre grupos criminosos responde por praticamente todos os 27 homicídios nos municípios que fazem da jurisdição da unidade. Das 27 mortes, 16 foram registradas em Macaé e os demais nos municípios de Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Quissamã e Carapebus. Nesse período, os policiais militares do 32º BPM apreenderam 23 armas de fogo, entre as quais 03 fuzis.

As comunidades de Macaé e o São Carlos eram dominadas pelos mesmos chefes: Sandro Luís de Paula Amorim, o Peixe ou Lindinho, hoje preso em uma unidade federal em Rondônia e Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, morto em confronto com a Policia do Rio em 2010, sendo este o maior traficante de cocaína do Rio a época. Neste período, Bigu, era o principal homem de confiança dos traficantes Peixe e Roupinol, e também era o responsável por fazer o intercâmbio entre o Morro do São Carlos e Macaé, levando drogas, traficantes e armas para aquela região.

Em 2017, Peixe e Bigu faziam parte da mesma facção de Nem da Rocinha, que estava em crise: Nem havia perdido o controle da Rocinha, para Rogerinho 157, que havia se aliado ao Comando Vermelho. Lindinho, Nem e outros chefes decidiram, ir para o TCP e juntar forças com criminosos da Maré e da Vila Aliança. No São Carlos, a mudança foi aceita. Em Macaé, os antigos aliados de Lindinho, não aceitaram essa mudança e deram um golpe no chefe e permaneceram na antiga facção ADA. Agora fora da cadeia, Bigu tenta retomar os antigos domínios para Lindinho e sua facção.

Atualmente, sob a direção do Delegado Titular Dr Evaristo Pontes, a delegacia de Macaé, e o 32º BPM, sob o comando do Coronel André Henrique. estão fazendo diversas diligências na região a fim de prender o traficante Evandro Guimarães, o Bigu, O causador dessa guerra entre facções.

Quem tiver qualquer informação a respeito da localização de Bigu e dos criminosos que estão aterrorizando a região de Macaé, favor denunciar pelos seguintes canaisWhatsapp do Portal dos Procurados (21) 98849-6099; Central de Atendimento do Disque Denúncia (21) 2253-1177; através do Facebook/(inbox), endereço: https://www.facebook.com/procuradosrj/; e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ. Todas as informações sobre Bigu e sua quadrilha serão repassadas para a delegacia que está encarregada das investigações e do inquérito policial.