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A redução da eficácia dos imunizantes contra a covid-19, ao longo do tempo, chama a atenção do Ministério da Saúde. Diante do resultado desse estudo, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirma a aplicação de uma terceira dose da vacina contra a covid-19, que começará no próximo dia 15 de setembro. A nova etapa iniciará em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos (pessoas que têm o sistema imunológico comprometido).

O médico Gleison Guimarães, que está na linha de frente de combate ao Coronavírus, manifestou a sua satisfação com a notícia – Foto: Divulgação


Em Macaé, o médico Gleison Guimarães, que está na linha de frente de combate ao Coronavírus, manifestou a sua satisfação com a notícia. “Uma notícia boa! A dose de reforço para quem já recebeu as duas doses está aí! Você ainda não se vacinou? Então vacine-se. Vacina é estratégia coletiva. Não é uma barreira imune 100% mas pode se tornar um muro de lamentações se você não se vacinar”, declarou Dr. Gleison, fazendo em suas redes sociais uma ampla explicação sobre a importância da vacinação, em especial sobre a dose de reforço.


A cidade do Rio de Janeiro também anunciou que começará a aplicar a terceira dose da vacina contra covid-19 em idosos, mas já a partir de 1º setembro. Assim, os primeiros a receber o reforço da imunização serão pessoas a partir de 60 anos e que tenham tomado a segunda dose há pelo menos seis meses. Inicialmente, serão atendidos idosos que estão em instituições de longa permanência, como asilos e casas de repouso.

Por outro lado, o ministério vai antecipar, também a partir de 15 de setembro, a aplicação da segunda dose dos imunizantes da Pfizer e AstraZeneca das atuais 12 semanas para oito semanas.


A dose de reforço tem sido defendida por especialistas diante do aumento de infecções entre vacinados com as duas doses e de evidências científicas de que a proteção induzida pelos imunizantes cai ao longo do tempo.
Segundo a publicação, no dia 10 de setembro o Ministério da Saúde finalizará a distribuição de imunizantes para a aplicação da primeira dose em toda a população brasileira com mais de 18 anos, o que abrirá espaço para a antecipação e reforço vacinal.


Com isso, já a partir do dia 15 de setembro, serão enviadas as doses de reforço para os imunossuprimidos – pessoas com câncer ou transplantados, por exemplo – que tenham tomado a segunda dose há pelo menos 28 dias e de idosos com mais de 70 anos que tenham tomado a segunda há pelo menos seis meses.
A aplicação nos idosos seguirá ordem cronológica, do mais velho para o novo. A Saúde aguarda a conclusão de um estudo para decidir como será a aplicação da terceira dose em profissionais de saúde e pessoas com menos de 70 anos.


Em princípio, a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer, ou de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral da Janssen ou da AstraZeneca.
Estudo aponta queda de eficácia e defende dose extra

Uma pesquisa realizada no Reino Unido com base nos resultados de exames PCR de mais de um milhão de pessoas que haviam recebido as duas doses das vacinas da Pfizer-Biontech ou da AstraZeneca trouxe novas evidências sobre a redução da eficácia dos imunizantes contra a covid-19 ao longo do tempo.


A proteção da vacina da Pfizer-Biontech contra uma infecção caiu de 88% um mês após a imunização completa para 74% após cinco ou seis meses, e a proteção da AstraZeneca caiu de 77% para 67% após quatro ou cinco meses, segundo o estudo.


O resultado se soma a outras pesquisas já realizadas que apontam redução da eficácia das vacinas ao longo do tempo, e esquenta o debate sobre a necessidade de aplicar uma terceira dose de imunizante em quem já recebeu as duas doses, enquanto muitas pessoas no mundo ainda nem receberam a primeira.

Queda de eficácia contra a delta

Outro estudo britânico, realizado pela Universidade de Oxford e publicado na semana passada, a partir dos resultados de exames PCR de quase 400 mil adultos, já havia identificado queda da eficácia de ambas as vacinas contra a variante delta após três meses da imunização completa.


A pesquisa apontou que a eficácia da vacina da Pfizer-Biontech em infecções pela variante delta caiu de 94%, 14 dias após a segunda dose, para 78% após três meses, enquanto a eficácia da AstraZeneca caiu de 69% para 61% no mesmo período.