Celio Junger Vidaurre
Nesse tempo em que todos nós estamos obrigados a usar máscaras, nossos políticos estão encontrando uma estratégia simplista de operar no sentido de atingir seus objetivos no próximo pleito. A maioria, disfarçada por trás de suas ditas máscaras, faz o que lhes interessa no momento, um pouco de esforço objetivando evitar todo o debate necessário de referência política, ou seja, encontrou um modo de não dar satisfação para evitar qualquer tipo de confronto com o eleitorado.
Uns acusam os integrantes dessas falsas esquerdas, outros fazem o mesmo com a turma da direita, essa gente que olha para todo mundo que não está do seu lado, como comunista. Essas posições adotadas pelas duas vertentes, criaram no país a terceira via, a chamada turma do centro. O problema é que provocaram uma grande confusão na cabeça daqueles homens que não simpatizam com qualquer tipo de radicalismo, aquelas figuras centradas da sociedade. E, aí, surgiu outra facção no Congresso Nacional, os parlamentares do baixo clero.
A questão criada na prática do dia a dia embaralhou tanto o eleitorado menos preparado, que melhor seria se publicassem uma cartilha para ficar bem claro quem é essa gente que hoje é do Centrão. É a mesma do baixo clero? E os corruptos que já passaram por prisões, ou os que ainda são processados para chegar até lá? Esses, ultimamente, ficaram sem lado, não têm qualificação partidária. Então vejamos: Sérgio Cabral e Eduardo Cunha, ambos do PMDB, estão fazendo quatro anos na prisão. O falante Roberto Jefferson, presidente eterno do PTB, ficou enjaulado por vários anos e voltou acreditando que pode falar o que bem entende.
Agora, o Judiciário mostra aos brasileiros o que fizerem José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alkmin, todos do PSDB e o governador Wilson Witzel, do PSC, o governador do Piauí, Wellington Dias e sua mulher, do PT. A moda, no momento, é mudar as letras das siglas. Os “malandros” acreditam, que assim procedendo, os crimes operados no passado ficarão esquecidos de agora em diante. Outra aberração dos dias atuais é essa praticada na ALERJ. Qual é a moral que esses deputados fluminenses têm para promover a cassação de Governador?
Enquanto isso vem acontecendo, o Ministro Dias Toffoli determina que uma nova comissão deve ser formada na mesma ALERJ e, assim, Witzel ganha tempo para promover o “negócio costumeiro” com os deputados. Pelo visto, o Governador vai ficar até o último dia determinado para seu mandato: 31 de dezembro de 2022. Com essa decisão do STF o Governador conseguiu o que almejava no momento, colocou um intermediário para as propostas de “praxe”.
Bom mesmo é a atitude da maioria que está em isolamento completo nas suas casas, muitos aprendendo a cozinhar, a passar e até mesmo a pensar e refletir pelo país. Não está fácil raciocinar com este quadro político existente, pois, o que se vê é apenas cada um tentando resolver seus problemas pessoais e mais nada. Será que aparecerá, em futuro próximo, um nome de consenso no Brasil?
Infelizmente, a hora é pra escolher em quem votar para arranjar um emprego temporário de vereador.
Para tudo tem uma solução, mesmo que não tenha solução!