A droga atua no controle do nível de glicemia no sangue e na sensação de saciedade
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (25) o uso do medicamento injetável tirzepatida para tratamento de diabetes tipo dois e controle da obesidade. A aprovação foi publicada no Diário Oficial da União.
O uso do medicamento é aprovado pela Sociedade Brasileira de Diabetes que, inclusive, aguardava com ‘grande expectativa’ a chegada dessa medicação no Brasil.
“É uma medicação que serve tanto para controle de diabetes do tipo 2 quanto para o controle da obesidade. É uma medicação dupla. A gente tinha anteriormente a semaglutida e a dolaglutida, cujos nomes comerciais são Ozempic e o Trulicity, que eram agonistas únicos”, detalha o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, o médico Levimar Rocha Araújo.
Comercializada pelo nome Mounjaro, a tirzepatida é uma droga injetável semanal com ação nos receptores de dois hormônios produzidos naturalmente no intestino, o GLP-1 (peptídeo do tipo glucagon 1) e o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose). Eles atuam no controle do nível glicêmico do sangue e na sensação de saciedade.
A farmacêutica Eli Lilly, produtora do medicamento, disse à Folha de São Paulo que a aprovação da agência brasileira foi baseada nos resultados do programa Surpass, que reuniu mais de 19 mil participantes em 65 centros de estudo no mundo, incluindo o Brasil.
Após a autorização da Anvisa, o preço de venda do medicamento será definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão responsável pela regulação do preço de medicamentos no país, em até 90 dias. Só após a precificação, a empresa recebe aval para comercialização do medicamento em farmácias.
Já a Anvisa detalhou ao jornal que, em relação ao custo, cabe à empresa solicitar a definição de preço à CMED após a definição do registro.
Benefícios
Um dos benefícios do uso dessa medicação no processo de emagrecimento é que ele tem uma ação direta sobre o estômago, retardando o esvaziamento gástrico, o que dá uma sensação de saciedade.
“Um pouquinho que você come você já está satisfeito. Então, há um emagrecimento significativo. A gente tem que ter muito cuidado com a titulação da dose, porque a gente chega na dose máxima em seis meses. Então a gente vai aumentando progressivamente e observando a melhora de cada paciente, a melhora glicêmica, a melhora da pressão e, consequentemente, em uso da medicação”, detalha o médico.
Levimar Rocha destaca que os principais benefícios do novo tratamento são o controle da glicose, o controle do peso e o controle da hipertensão.
“Essas três patologias são responsáveis por várias outras patologias e a principal causa de gastos no Sistema Único de Saúde e de morte. A medicação é extremamente bem aguardada; há uma expectativa muito grande.”
Com informações da Folha de São Paulo
Por site Itatiaia