Faltando ainda pouco menos de 10 dias para o início oficial da campanha eleitoral, a batalha pelo voto já começa a nível nacional com a troca de farpas entre os 13 postulantes à presidência da República, uma estratégia seguida também pelos agentes políticos que atuam na esfera regional.
Diante de um ambiente político bastante desfavorável, por conta do alto clima de insatisfação do eleitorado em ir às urnas, e pela comoção nacional com sede de mudança, os pré-candidatos às eleições gerais deste ano precisam mostrar, muito além que promessas requentadas, e estratégias viciadas que, por diversos pleitos, garantiram a reeleição de agentes políticos que surgem, à exaustão, no noticiário referente às investidas da operação Lava Jato.
Sem pensar no interesse coletivo, essa estratégia pouco visa resolver as pendências sérias ainda encaradas pelo país, que se afunda no atraso social, no retrocesso político e na falta de eficiência da economia, mesmo a nação possuindo força suficiente para se reerguer.
Acreditando na tão falada “terceira via”, um caminho que se abre no eterno embate entre a direita e a esquerda, entre o PSDB e o PT, novas vozes na política nacional surgem na esperança de apresentar um diferencial, mas que acaba caindo no mesmo erro que perpetua no poder da nação, uma visão arcaica sobre a democracia.
Da REDE ao PODEMOS, do AVANTE às visões do capitães que lotam o PSL, o Brasil precisa superar esse novo embate que envolve o conservadorismo e a ideologia comunista, extremos que de nada conseguirão mudar a realidade da população que sofre com a violência, que agoniza nas filas dos hospitais, que desaprendem nos atrasos da educação e que são excluídos do mercado de trabalho cada vez menor e mais difícil.
Está na hora da sociedade assumir, seja pela facilidade das redes sociais, seja pelas mobilizações sociais que fortaleceram o impeachment, a dianteira das discussões políticas que irão definir o novo quadro dos poderes Executivo e Legislativo, cuja independência precisa ser preservada pelo bem da democracia e da política nacional.
Caso isso não ocorra, não haverá qualquer surpresa sobre o resultado das urnas, que será definido por pessoas que participam da mesma velha política, tomando a decisão sobre a classe da sociedade que se excluirá das urnas, mesmo sentindo na pele a necessidade da real mudança.