As controversas falas ocorreram no Congresso Diante do Trono, realizado na Igreja Lagoinha em Belo Horizonte, onde Ana Paula Valadão afirmou que a homossexualidade “não era natural” e “estava fora da vontade de Deus”.
A cantora e pastora Ana Paula Valadão foi condenada na sexta-feira (26) a pagar R$ 25 mil por danos morais coletivos. A sentença, emitida pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília, aponta que suas declarações durante um evento em 2016 relacionaram indevidamente a homossexualidade ao pecado e à transmissão do HIV, atingindo a comunidade LGBTI+.
As controversas falas ocorreram no Congresso Diante do Trono, realizado na Igreja Lagoinha em Belo Horizonte, onde Ana Paula Valadão afirmou que a homossexualidade “não era natural” e “estava fora da vontade de Deus”. Apesar de ser um discurso dentro de um contexto religioso, o Ministério Público Federal considerou as declarações como um “discurso de ódio”.
O Supremo Tribunal Federal, em uma decisão de 2019, já havia equiparado a homofobia ao crime de racismo, reforçando a seriedade das acusações enfrentadas por Valadão. A Aliança Nacional LGBTI+ também apoiou a ação judicial, sublinhando a necessidade de responsabilização por declarações prejudiciais.
A defesa de Ana Paula argumentou que suas falas estariam protegidas pelas liberdades de expressão e religiosa. No entanto, o juiz refutou este argumento, afirmando que as afirmações não tinham fundamento científico nem respaldo bíblico, e perpetuavam estereótipos ultrapassados sobre a transmissão do HIV desde a década de 1980.
Por portal Novo Norte