Evento na prefeitura aborda Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica
A secretaria municipal do Ambiente apresentou, nesta segunda-feira (27), os primeiros dados e diagnósticos que darão base ao Plano Municipal de Mata Atlântico (PMMA). O documento vai auxiliar na definição de estratégias para a preservação permanente de áreas verdes e estabelecer regras para a expansão imobiliária adequada, promovendo, assim, o desenvolvimento econômico e sustentável de Macaé.
Em reunião realizada no paço municipal, a subsecretária do Ambiente, Lívia Souza, indicou a metodologia de trabalho para a elaboração do PMMA, resumindo a fase inicial do trabalho realizada dentro de um período de duas semanas.
Com dados repassados pela Defesa Civil, e com o suporte da equipe técnica do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Sócio-Ambiental de Macaé Nupem) e do Instituto Federal Fluminense (IFF), informações como a identificação de fragmentos de áreas remanentes de mata nativa, além dos principais riscos de incidentes naturais, como deslizamentos de encostas, alagamentos em virtude de chuvas intensas e elevação de mares com erosões costeiras, já foram mapeadas.
O próximo passo é buscar junto a equipe técnica de outras secretarias municipais informações que possam complementar o diagnóstico inicial para a elaboração do Plano, como o levantamento de fauna e flora, além da identificação de áreas de ocupação de solo.
“Precisamos agora da ajuda de todos os setores para ampliar esses dados e criar um Plano adequado à realidade de Macaé. Esse não é um projeto apenas da secretaria do Ambiente, mas sim de todos nós, para que possamos criar um estudo que acompanhe o desenvolvimento da cidade, com um diagnóstico preciso do nosso ecossistema”, disse Lívia.
Durante os próximos meses, reuniões serão definidas pela secretaria, com objetivo de coletar dados, avaliar o diagnóstico inicial e traçar estratégias para conduzir a elaboração do Plano.
O cronograma de trabalho indica que o trabalho final do Plano Municipal de Mata Atlântica seja definido em janeiro do próximo ano. O estudo deverá ser apresentado ao Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (COMMADS) em abril do próximo ano.
O Plano será encaminhado, como projeto de lei para a Câmara de Vereadores, sendo submetido a avaliação também da sociedade em audiências públicas.
“Queremos destacar a importância de todos nós em participar deste projeto, que visa mapear as áreas remanescentes de vegetação, programar ações de preservação que nos auxiliem a enfrentar as mudanças climáticas que ocorrem em nossa região”, destacou o secretário municipal do Ambiente e de Desenvolvimento Econômico, Gerson Martins.