Por Daniel Weterman e Cristian Favaro
Na última semana antes do primeiro turno das eleições presidenciais, Geraldo Alckmin (PSDB) fez um apelo para que eleitores se “unam” contra os radicalismos representados, segundo ele, por Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Sem decolar nas pesquisas, o tucano reforçou sua aposta de crescimento na reta final. “Esta semana é que vai mudar a eleição; sempre nas últimas eleições, é a última onda aquela que vale; vamos unir o Brasil”, disse Alckmin, no terceiro bloco do debate entre presidenciáveis realizado pela TV Record.
O tucano tentou novamente vincular a imagem do PT à de Jair Bolsonaro, candidato do PSL na disputa. “Queria chamar a atenção de vocês para como os radicais são parecidos. O PT votou contra o Plano Real, Bolsonaro também. O PT votou contra a quebra do monopólio de comunicação, o Bolsonaro votou igual. O PT votou contra a quebra do monopólio do petróleo, Bolsonaro também”, disse Alckmin.
Em uma resposta indireta a Alckmin, Marina Silva relacionou o PSDB com o quadro polarizado entre PSL e PT. “O projeto autoritário do Bolsonaro foi chocado no ninho da polarização do PT e do PSDB. Não venham agora dizer que vão unir o Brasil”, declarou.
Haddad continuou sendo alvo de adversários no terceiro bloco do debate. Alvaro Dias (Podemos) criticou o PT por propor reduzir impostos e, durante o governo, ter ficado “ao lado dos banqueiros”.