A falta d’água em bairros e comunidades da cidade gera um alto clima de revolta na população. O problema afeta, principalmente, as regiões mais afastadas do Centro, onde estão situadas as maiores áreas de concentração de moradores de menor renda, que passam a ser obrigados a contratar serviços de caminhão-pipa.
Em tempos de discussão de venda da Nova Cedae, melhorias efetivas no serviço não são esperadas, nem mesmo com a mudança de governo, hoje sob a responsabilidade de Wilson Witzel (PSC). Diante do sofrimento dos moradores de diversos bairros e comunidades neste calor intenso, ninguém aguenta ficar com as torneiras secas!
Há anos que Macaé aguarda um posicionamento firme do Estado sobre este assunto. E ninguém mais acredita em show de pirotecnia, envolvendo torneiras adaptadas e de improviso durante campanhas eleitorais.
No momento em que a cidade vive a expectativa de um novo ciclo de desenvolvimento, não há como aceitar que um dos principais itens de subsistência, fundamental para a qualidade de vida humana, ainda seja artigo de luxo na Capital do Petróleo.
Em se tratando de saneamento, é garantido, não apenas obras de grande vulto, mas também prevenção em saúde, já que água e esgoto tratados são os melhores remédios contra as doenças. E por mais que Macaé seja uma cidade governada por médico, a garantia de infraestrutura não segue o mesmo volume de receitas dos royalties e da Participação Especial do petróleo.
Mesmo a água ainda sendo uma responsabilidade do Estado, Macaé precisa estudar maneiras de se administrar um bem precioso à vida de toda a população, através do diálogo com a sociedade, encontrando maneiras de tornar a água um artigo universal, capaz de alcançar qualquer torneira de qualquer casa, independente do bairro, região ou classe social.