Concurso tem como objetivo valorizar a beleza das mulheres negras e quebrar preconceitos

Concurso de beleza é promovido pelo Movimento Negro Tribo dos Malês 21

Depois de um ano parado, vem aí a 8ª edição de “A Mais Bela Negra de Macaé”. O concurso de beleza, que é promovido pelo Movimento Negro Tribo dos Malês 21, é um dos mais populares na cidade. E quem deseja participar ainda dá tempo, já que o prazo de inscrição segue até o dia 14 de maio.

Para participar, as candidatas precisam ser negras, maiores de 18 anos, com residência na cidade há pelo menos 5 anos, independente de ter nascido em Macaé ou não.

A pessoa interessada deve apresentar cópia da identidade, do CPF e do comprovante de residência. A inscrição pode ser feita no Tênis Clube – Sede Social, situado em frente a Praça Veríssimo de Melo, no Centro.

Esse ano, está sendo pedido óleo de girassol, luvas descartáveis e gases. “Estamos com várias pacientes acamadas com escaras. Essas doações serão para elas”, explica a idealizadora do concurso, a líder comunitária Marilene Ibrain.

Ela destaca que o concurso vem ganhando força a cada edição. “Quero convidar todas as mulheres negras a participar. O objetivo é elevar a autoestima dessas guerreiras, mostrando que elas têm a sua beleza. Existem muitas mulheres lindas dentro das comunidades que têm vergonha de mostrar suas qualidades”, enfatiza.

Encerrando a primeira etapa, no início de junho será realizada a seletiva. Já a grande final será em julho, com data a ser definida. Serão escolhidas as três mulheres mais bonitas (1º, 2º e 3º lugar) e também a “Simpatia Negra”, título dado para a candidata que fica em quarto lugar na competição. Lembrando que o concurso não tem fins lucrativos.

Vale sempre ressaltar que discriminação racial (toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada) é considerada crime, previsto em lei (nº 12.288/2010).