A Disputa dos Poderes
Certa vez, em um reino onde a natureza se manifestava em toda a sua magnitude, uma curiosa disputa surgiu entre os grandes fenômenos que moldavam o mundo. O Sol, com sua aura radiante e potência inigualável, proclamou-se o mais poderoso. Ele iluminava o dia, aquecia a terra e fazia florescer a vida. Com um brilho quase arrogante, sentia-se invencível.
Observando a prepotência do Sol, a Nuvem se adiantou, cobrindo-o com sua sombra temporária. “Você pode brilhar intensamente, mas eu posso obstruí-lo e torná-lo fraco”, disse ela, desafiando-o a repensar sua posição. Assim, a Nuvem reivindicou seu lugar entre os poderosos.
O Vento, não querendo ficar para trás, assobiou forte e se ergueu. “Com um simples sopro, posso afastar você, Nuvem, e deixar o Sol brilhar novamente. Portanto, sou eu o mais poderoso!”, proclamou, enquanto dançava pelo céu em um frenesi de liberdade.
A Montanha, que assistia a tudo de sua posição elevada e imponente, decidiu intervir. “Vocês todos podem ter seus poderes, mas eu sou a fortaleza que resiste a qualquer tempestade. Com minha altura, posso parar ventanias e permanecer firme. Entre vocês, sou a verdadeira força”, disse a Montanha, erguendo-se orgulhosamente.
E, entre risos, a Morte se aproximou. Sua presença, geralmente temida, não intimidou os outros fenômenos. “De mim, ninguém escapa. Um dia, menos dia, todos vocês também estarão sob meu domínio. Portanto, sou eu a mais poderosa de todas”, afirmou, rindo, como quem conhece a inevitabilidade de seu papel.
Mas, em meio à discussão, um homem humilde, filho de Deus, surgiu. Jesus Cristo, com sua bondade e amor, trouxe uma mensagem que ressoou além das disputas e vaidades. Ele venceu a morte e trouxe a esperança da ressurreição. “A verdadeira força não está em dominar, mas em amar e servir”, disse Ele, com um sorriso que iluminou até mesmo os corações mais endurecidos.
Assim, a disputa entre os fenômenos da natureza se aquietou diante da grandeza do amor divino. Neste Natal, celebramos não apenas o nascimento de Jesus, mas a vitória da vida sobre a morte, a luz que brilha na escuridão e a esperança que renasce em nossos corações.
Que neste Natal possamos lembrar que, apesar das lutas e desafios que enfrentamos, existe um poder maior que nos une e nos transforma. A Ele, toda honra e toda glória. Feliz Natal!
Guto Sardinha