Em dois dias, os mais de 150 mil eleitores macaenses serão bombardeados por informações que visam, de forma bem direta, capitalizar votos para as três centenas de candidatos que irão concorrer a vagas na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e na bancada fluminense na Câmara dos Deputados.
Em um universo à parte da concorrência pela sucessão do governo do Estado, tão apertada quanto a disputa pelas cadeiras do Palácio do Planalto, da presidência da República, a batalha por vagas nos poderes Legislativos do Estado e da União representa uma segurança, não apenas política, mas também pessoal e até civil.
Mediante o andamento das investidas da Operação Lava Jato, que ganham força à medida que crescem as disputas por cargos eletivos no país, a necessidade de se garantir a renovação de mandatos é um passaporte liberado para a impunidade, tão almejado por aqueles que sabem que devem, tanto à Justiça, quanto ao seu próprio eleitorado.
Em quase uma década, Macaé manteve um histórico de oferecer oportunidades para os chamados “candidatos Copa do Mundo”, que só se apresentam no quadro eleitoral local de quatro em quatro anos.
E essa ausência de compromisso, de responsabilidade e de reconhecimento para com a sociedade que representa uma das cidades mais importantes do Estado do Rio de Janeiro, acaba gerando sérios impactos ao dia a dia do cidadão que ainda aguarda por dias melhores na Capital Nacional do Petróleo.
Sem qualquer interesse de que representantes do povo sejam direcionados às bancadas da Alerj e da Câmara dos Deputados, o governo municipal tenta evitar o surgimento de novos “messias” que, assim como aquele que prometeu a mudança, pode despertar no coração do eleitorado local a esperança de se construir uma Macaé mais coerente com os bilhões arrecadados anualmente pelos cofres públicos.
Diante de uma nova chance de mudar essa realidade viciada, a sociedade pode, sim, escolher melhor seus candidatos, dando oportunidades para aqueles que, mesmo com objetivos diferentes, surgem de dentro do cenário político local, criando uma chance de Macaé ter voz dentro dos plenários legislativos que conduzem o futuro do Estado e do Brasil.