Os dados atualizados até outubro apontam que os governistas são os maiores responsáveis pela alta contagem, somando 1.403 voos no período analisado
A utilização de jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) por autoridades governamentais aumentou vergonhosamente em 2023, alcançando a marca de 1.765 voos desde janeiro.
Enquanto os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, acumularam 217 viagens aéreas oficiais, os comandantes militares e ministros, incluindo os do Supremo Tribunal Federal (STF), também figuram entre os usuários frequentes dessas aeronaves. Entre os ministros, destaca-se Flávio Dino, da Justiça, que realizou 85 deslocamentos desde sua posse.
Os dados atualizados até outubro apontam que os governistas são os maiores responsáveis pela alta contagem, somando 1.403 voos no período analisado. Essas viagens são realizadas em aeronaves do Grupo de Transporte Especial, que ficam disponíveis para as autoridades simplesmente realizarem a reserva e indicarem os passageiros. A facilidade de acesso a esse luxo tem suscitado debates sobre o gasto de dinheiro público na mordomia empregada.
Anielle Franco, Ministra da Igualdade Racial, utilizou o recurso para assistir a uma partida de futebol, resultando em críticas e viralização do fato nas redes sociais. No entanto, ela é uma das que menos recorreu à mordomia, com nove viagens.
O presidente do STF, Luis Roberto Barroso, embora tenha assumido o cargo no início de outubro, já registrou 11 viagens antes do final do mês. Antes crítico dos sigilos impostos no governo Bolsonaro, Lula agora mantém o sigilo sobre os voos do presidente e da primeira-dama.