Em se tratando da única cidade brasileira a contar com bases operacionais das principais empresas offshore do mundo, que possui uma logística direcionada a atender as operações no além mar, e de ser a base do maior sistema de processamento de gás do país, há de se esperar que qualquer projeto focado no desenvolvimento e na expansão das atividades econômicas se consolide com facilidade e agilidade.
No entanto, apesar de registrar o crescimento do progresso, a partir do desenvolvimento de operações da Bacia de Campos, ao longo dos últimos quarenta anos, Macaé ainda encara dificuldades em conseguir avançar em setores dedicados a escrever um novo capítulo na história do petróleo nacional.
Considerado como o “coração” da dinâmica de negócios gerados pela cadeia produtiva offshore local, o Aeroporto de Macaé segue hoje um novo caminho, que pode reduzir todos os déficits ainda registrados no modal responsável por garantir as operações nas reservas do pós-sal, ao deslocar anualmente cerca de meio milhão de pessoas que atuam nas unidades de produção instaladas no litoral fluminense.
A partir do processo de desestatização promovido pelo governo federal, o Aeroporto de Macaé tem hoje a oportunidade de receber investimentos necessários, com menos burocracia, para retornar ao eixo dos voos comerciais, que movimentam os principais aeroportos regionais do país.
Mas, por birra política, o governo do Espírito Santo tenta desmembrar a proposta de concessão da União, que inclui no mesmo bloco os Aeroportos de Macaé e de Vitória. Acreditando em uma possível concorrência, a administração capixaba não enxerga as oportunidades ainda inexploradas na base aérea da Capital Nacional do Petróleo, o que é defendido pelas instituições que representam a cadeia produtiva offshore local, assim como o próprio governo municipal.
Em defesa de um novo momento para a gestão do Aeroporto, uma corrente começa a surgir na cidade em defesa da concessão do base macaense, um caminho direcionado ao progresso, que ajudará o município a seguir a fase de retomada, que começa a mudar o cenário de crise regional.