O ex-governador Mauro Carlesse (Agir) se defendeu das acusações de tentar fugir para o exterior, após ser preso no último domingo (15). Durante entrevista à TV Anhanguera, ele afirmou que tem passaporte italiano e residência na Itália apenas para fins de viagem e lazer. “Por ser um cidadão italiano eu posso ter casa lá. Tinha que ter uma casa lá, tinha não, tenho”, disse Carlesse, justificando que sua identidade uruguaia está ligada a interesses comerciais no Mercosul. No entanto, as autoridades investigam possíveis planos de fuga para a Itália e o Uruguai, ligados a contas no exterior e documentos suspeitos.
As investigações que envolvem Carlesse apontam que ele e seu sobrinho, Claudinei Quaresemin, estavam prontos para deixar o Brasil. A decisão judicial revela que Quaresemin teria enviado uma foto do documento de identidade uruguaio do ex-governador e confirmado a residência permanente no país vizinho. Além disso, foram encontradas mensagens sobre a transferência de dinheiro para contas no exterior, usando câmbio paralelo, uma prática que pode configurar lavagem de dinheiro.
Carlesse, que governou o Tocantins entre 2018 e 2021, já enfrentava várias investigações por corrupção, fraudes e interferência política. Ele foi afastado do cargo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e renunciou para evitar o impeachment. Recentemente, seu nome foi vinculado a fraudes em licitações e possíveis desvios de recursos públicos na Secretaria de Infraestrutura do estado.
Apesar das evidências apresentadas pelas autoridades, a defesa de Carlesse garante que o ex-governador sempre se colocou à disposição da Justiça e que a prisão foi uma surpresa. “Mauro Carlesse sempre esteve à disposição da Justiça e assim permanecerá”, afirmou a defesa, que já entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva.
Com informações do G1.