Depois de pedir a cassação do mandato do vereador reeleito em Casimiro de Abreu, Pedro Gadelha (UNIÃO), o Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com nova ação na cidade, dessa vez contra a vereadora eleita Rosimery de Pezão (PODE).
A vereadora, diplomada nessa semana, é alvo de acusação de “captação ilícita de sufrágio”, como é chamado judicialmente o crime de compra votos, mesmo delito que pode tirar o mandato de Pedro Gadelha, que teve seu assessor, Glauco Pereira, preso em flagrante no dia da eleição acusado de oferecer dinheiro em troca de votos.
Além de Rosimery de Pezão, a ação também acusa de envolvimento no crime o marido da vereadora eleita, o ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Casimiro, Alessandro Pezão, condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho desse ano pelo crime de corrupção eleitoral ativa, bem como Ronaldo Mathias de Oliveira.
De acordo com o MPE, a ação, proposta pela 50ª Promotoria Eleitoral, requer a cassação do registro de candidatura e do diploma da vereadora eleita, e o pagamento de multa por parte de todos os 3 envolvidos no crime.
A ação contra Rosimery de Pezão lembra a prisão em flagrante de Ronaldo pela equipe de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), após receber uma denúncia com um vídeo no qual ele e Alessandro Pezão repassavam dinheiro para um eleitor no dia da votação, realizada no último dia 6 de outubro.
Durante a abordagem, a equipe de fiscalização que efetuou a prisão de Ronaldo encontrou com ele a quantia de R$ 330,00 em dinheiro, 2 blocos de anotações, e 3 folhas destacadas contendo o número da candidatura de Rosimery.
“Embora os representantes tenham negado os fatos atribuídos a eles, restou comprovado que a candidata foi auxiliada em sua campanha pelo seu esposo e por Ronaldo e que praticaram a conduta de compra de votos. Assim, restou caracterizada a conduta descrita no artigo 41-A da Lei 9.504/1997”, argumenta o MPE em um dos trechos da ação.